Apesar da
pressão das empresas de transporte coletivo, a Prefeitura de Londrina não deve
reajustar a tarifa das passagens antes de janeiro do ano que vem.As
justificativas apontadas pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo
(Metrolon) para o aumento das passagens são os aumentos sucessivos no preço do
óleo diesel e o reajuste nos salários dos trabalhadores, prestes a entrar em
vigor. Os dois itens, segundo a entidade, representam 75% da composição da
tarifa.
Mensalmente,
o Metrolon informa à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) as
alterações de preços dos insumos que compõem a planilha de custos das empresas.
Porém, a defasagem nos valores não deve desencadear um aumento imediato. Pelo
menos é o que garantiu o prefeito Alexandre Kireeff (PSD), em entrevista
concedida na quarta-feira (19).
“Não
trabalhamos com a hipótese de aumentar no curto prazo não. As empresas quase
mensalmente cobram o reajuste da tarifa, mas nós temos uma política de tratar
desta questão após as negociações salariais, com um intervalo de um ano, a não
ser que haja situações absolutamente excepcionais. Neste caso, não há nenhuma
motivação nesse sentido. Vai ficar para janeiro, vamos seguir o cronograma
previamente estabelecido”, disse Kireeff.
O aumento
do preço do óleo diesel – que nas últimas quatro semanas subiu cerca de R$0,10
nas bombas de Londrina, segundo levantamento feito pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP) - já afetou o preço das passagens em outras cidades. Em
Curitiba, a tarifa que era de R$ 2,70 foi para R$ 2,85. Em Apucarana, o aumento
foi de R$ 0,30, passando de R$ 2,15 para R$ 2,45. Em Cornélio Procópio o
reajuste foi de R$ 0,80, partindo de R$ 2,20 para R$ 3.
Para o
presidente da CMTU, José Carlos Bruno de Oliveira, o aumento na tarifa é
inevitável. Ele explicou que ainda não é possível prever para quanto irá o
preço da passagem porque os cálculos dependem da real análise do impacto do
aumento do diesel, o que deve ocorrer só em dezembro.
“Vamos
trabalhar em cima da técnica, em cima da realidade, em cima do custo real
daquilo que pode acontecer. Temos que ter cuidado de não só praticar as menores
tarifas, mas também manter a qualidade do serviço”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário