Vem aí mais um fim de semana. Muitos fazem exercícios físicos de bicicleta, andando, correndo, ou praticando outros esportes como o futebol nas "peladas" pelas canchas do campo e da cidade. Por causa de compromissos de trabalho ou estudos aproveitam feriados ou sábados e domingos. Assim
esperam o fim de semana para se exercitar e sem saber muitas vezes o
seus limites praticam de forma intensa a atividades físicas que desta
forma pode promover também alguns riscos adicionais se comparada aos
exercícios mais leves. Tais riscos podem afetar tanto o sistema
musculoesquelético, gerando lesões ortopédicas, como o sistema
cardiorrespiratório, podendo também desencadear situações de risco agudo
como infarto do miocárdio ou arritmias, além de provocar desgaste e
fadiga quando a capacidade do organismo de realizar esforço é
excedida.“Quando se realiza uma avaliação detalhada antes do início dos
exercícios os riscos existentes podem ser controlados e evitados. A
elaboração de um programa de exercícios (gradualmente progressivo e
completo – tirar) progressivo e que combine diferentes estímulos permite
ao organismo adaptar-se gradualmente aos esforços mais intensos,
podendo minimizar os riscos”, explica o Dr. Luiz Augusto Riani,
especialista em medicina do esporte do Lavoisier Medicina Diagnóstica.
De acordo com o médico, as cãibras e dores musculares pós-esforço
físico estão entre as lesões mais comuns em atletas de finais de semana.
Apesar de não apresentarem complicações graves, podem ser bastante
incômodas. “As torções, especialmente as de tornozelos, e as contraturas
musculares dos membros inferiores, cintura pélvica e escapular, também
são bastante comuns”, aponta Dr. Luiz Augusto Riani. Do ponto de vista
cardiorrespiratório, o médico dá destaque para os quadros de fadiga,
palpitações, dores no peito, vertigens, falta de ar e inchaço dos pés.
“O ideal é que a pessoa que deseja praticar atividades físicas, ainda
que somente aos finais de semana, realize uma avaliação prévia,
procurando situações de risco que definam limites ou que possam ser
corrigidas e controladas previamente, como encurtamentos, fragilidades
musculares, erros de postura, desvios articulares ou ainda alterações
cardíacas que necessitem de medicamentos”, conclui o especialista.
Praticar exercícios apenas aos finais de semana pode ser um incentivo
inicial, mas a recomendação é que haja mais dias dedicados aos esportes
ou à musculação. O ideal é que se alcance o inverso: realizar
atividades físicas com menor duração, porém mais intensas durante a
semana, quando os dias são mais corridos e, nos finais de semana, buscar
esforços mais leves por tempo mais prolongado, construindo assim um
plano de exercícios mais completo e variado.
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