Meu depoimento : Tive alguns anos atrás o câncer de próstata, fiz cirurgia com o Dr Celso Fernandes Jr., de Londrina, milagrosamente estou curado, graças ao médico e a Deus. Portanto não tenha medo, caso surgir busque um tratamento e ore a Deus pedindo cura.
Osvaldo Cardoso, Londrina.
Na década de 70, se você fosse diagnosticado com câncer de próstata, as chances da doença ter atingido um nível avançado, praticamente sem possibilidade de tratamento era enorme. Hoje, não existe mais motivo para você fugir desse assunto como o diabo foge da cruz. Pelo contrário, ações como o Movember incentivam a população masculina a conversar e se informar mais sobre sua saúde.
O urologista Cesar Camara, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Hospital das Clínicas, em São Paulo, enumera as informações sobre câncer de próstata que todo homem precisa saber.
1) Fique atento
O câncer de próstata surgirá em até 16% dos homens. É um numero muito elevado. Após os 50 anos 1 a cada 6 homens terá a doença.
1) Fique atento
O câncer de próstata surgirá em até 16% dos homens. É um numero muito elevado. Após os 50 anos 1 a cada 6 homens terá a doença.
2) Quem corre mais risco
Os fatores de risco que desencadeiam o surgimento do tumor ainda não são bem compreendidos pela comunidade médica. O que se sabe é:
- populações orientais apresentam incidência menor do que os ocidentais;
- homens que possuem familiares com câncer de próstata tem chance elevada de apresentar a doença (o risco chega a ser 5 vezes maior para pessoas com até 3 familiares com câncer de próstata);
- homens que possuem mulheres na família com câncer de mama também apresentam maior probabilidade de ter câncer de próstata. Essa correlação pode elevar o risco em até 4 vezes e tem motivado as sociedades médicas americanas a recomendar o início antecipado das investigações em homens com familiares femininos de 1º grau com câncer de mama.
3) Quando investigar
Os exames periódicos devem ser iniciados entre os 45 e 50 anos para homens sem fatores de risco e a partir dos 40 anos para homens com esses fatores. Não existe, ainda, exames de prevenção que sejam capazes de garantir 100% de eficácia. Portanto, os exames periódicos são indispensáveis.
4) O exame de toque retal ainda é necessário
Sim, você ainda deve fazer esse exame. Ele faz parte de uma avaliação urológica bem realizada e não diagnostica apenas câncer de próstata. Assim, ele deve continuar sendo executado de forma regular durante as avaliações. O exame da próstata, ao contrário do que muitos imaginam, é muito pouco incômodo e extremamente rápido.
5) Tipos e indicações de tratamentos
Quem recebe o diagnóstico de um tumor na próstata precisa passar por uma classificação que os médicos chamam de estadiamento. Ele serve para saber o estágio em que se encontra a doença, além de classificar a agressividade do tumor. Tudo isso é necessário para oferecer de forma consistente as opções de tratamento, que são variadas e devem levar em consideração os sentimentos do paciente.
Quem recebe o diagnóstico de um tumor na próstata precisa passar por uma classificação que os médicos chamam de estadiamento. Ele serve para saber o estágio em que se encontra a doença, além de classificar a agressividade do tumor. Tudo isso é necessário para oferecer de forma consistente as opções de tratamento, que são variadas e devem levar em consideração os sentimentos do paciente.
Na década de 70, os pacientes eram diagnosticados apenas com a doença em estágio avançado e os poucos submetidos a cirurgia sofriam grandes problemas causados pelo tratamento. Assim, era muito frequente o tratamento apenas de complicações da doença.
Na década de 80 surgiu o PSA e os pacientes passaram a receber diagnóstico em fases menos avançadas, tornando o tratamento paulatinamente menos traumático e aceito pela maioria dos doentes. Após 2005 houve disseminação da cirurgia robótica para o câncer de próstata e o uso efetivo do conceito de pacientes com doença mínima, que poderiam ser acompanhados sem tratamento, o que tornou o processo ainda mais popular.
Hoje, há a opção da cirurgia, radioterapia e braquiterapia, além do seguimento cuidadoso sem tratamento, usado nos casos de tumores pouco agressivos e localizados.
6) Efeitos colaterais
Na grande maioria das cirurgias é possível preservar sem dificuldade os feixes cavernosos, que provocam a ereção. Há um período de “hibernação” após a cirurgia, causado por inflamações naturais. Esse período pode durar semanas ou meses e é tratado com uma terapia chamada reabilitação peniana, que procura devolver as ereções em período menor e com mais consistência. Fatores como impotência prévia, diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo impactam negativamente no retorno das ereções.
Na grande maioria das cirurgias é possível preservar sem dificuldade os feixes cavernosos, que provocam a ereção. Há um período de “hibernação” após a cirurgia, causado por inflamações naturais. Esse período pode durar semanas ou meses e é tratado com uma terapia chamada reabilitação peniana, que procura devolver as ereções em período menor e com mais consistência. Fatores como impotência prévia, diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo impactam negativamente no retorno das ereções.
7) Avanços
O grande avanço em relação ao câncer de próstata nos últimos anos é o surgimento de novos exames que podem substituir ou complementar o PSA. É o caso do PCA3, avaliação feita através da urina, após uma “massagem” na próstata. Os estudos que apontam a relação entre os genes que causam o câncer de mama e podem estar envolvidos no câncer de próstata também auxiliam o diagnóstico. Por fim, o máximo refinamento da técnica cirúrgica, com o uso de instrumentos robóticos, minimizou muito os danos no caso da necessidade de intervenção.
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