Não imaginávamos que esse dia pudesse chegar, mas é inegável que estamos cada vez mais próximos da secura. Confira como se virar melhor em um cenário apocalíptico – e sem água
MARINA RIBEIRO E GIOVANA TARAKDJIAN (ARTE)
28/01/2015 08h00
Lembro de ter aprendido nas aulas de estudos sociais (matéria que antecedia o ensino de história e geografia no ensino fundamental) que nós brasileiros herdamos o costume de tomar banhos diários dos ancestrais indígenas. Os europeus que aqui chegaram, dizia a professora, estranhavam o hábito, que depois de séculos e séculos, acabou sendo disseminado no território brasileiro. A bela (e higiênica) tradição pode estar perto do fim, infelizmente.
Algumas das maiores cidades do país – como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro – estão vendo os reservatórios de água cada vez mais vazios e, com a falta de chuvas, não tarda muito para que fiquemos sem água nenhuma, segundo os cenários mais pessimistas – porém factíveis. E aí?! Foi justamente o que nos perguntamos. E encontramos algumas alternativas para conseguir sobreviver sem água encanada. Confira o que será necessário para aguentar estas adversidades:
Problema 1: Como tomar banhos
A maior questão para muitos é justamente como ficar sem uma bela ducha após um dia quente. As soluções são variadas. A primeira – mais vantajosa, porém cara – é matricular-se em uma academia de ginástica com vestiário agradável e água de poço artesiano, não interessa, portanto, a qual esporte a escola se dedique ensinar. A região Sudeste – principal afetada pela estiagem – pode estar com reservatórios e rios secando, mas ainda tem muita água subterrânea. A ideia é não deixar que seu título de sedentário convicto impeça de aproveitar o melhor que uma academia pode oferecer.
Se, em nossos piores pesadelos, a água do poço também acabar, ainda há modos de disfarçar a ausência do banho. Para os cabelos: xampu seco. Comprado em farmácias e lojas de cosméticos, os aerossóis prometem tirar a oleosidade do cabelo sem precisar de água. Para o resto do corpo, é bom apostar em desodorantes com 48 horas (ou o mais) de proteção e perfumes em geral. Para quando nem isso estiver fazendo efeito, lenços umedecidos estão aí para um bom banho de gato. Tenha também sempre com você álcool em gel. Ele não é tão bom quanto a combinação de água e sabão, mas vai ajudar a matar as bactérias quando lavar a mão for um luxo.
Se você estiver mais endinheirado, é possível tentar importar um kit DryBath, produto criado pelo jovem sul-africano Ludwick Marishane. Ele permite higienizar o corpo sem usar uma única gota de água, como ele explica em sua apresentação no TED.
Problema 1: Como tomar banhos
A maior questão para muitos é justamente como ficar sem uma bela ducha após um dia quente. As soluções são variadas. A primeira – mais vantajosa, porém cara – é matricular-se em uma academia de ginástica com vestiário agradável e água de poço artesiano, não interessa, portanto, a qual esporte a escola se dedique ensinar. A região Sudeste – principal afetada pela estiagem – pode estar com reservatórios e rios secando, mas ainda tem muita água subterrânea. A ideia é não deixar que seu título de sedentário convicto impeça de aproveitar o melhor que uma academia pode oferecer.
Se, em nossos piores pesadelos, a água do poço também acabar, ainda há modos de disfarçar a ausência do banho. Para os cabelos: xampu seco. Comprado em farmácias e lojas de cosméticos, os aerossóis prometem tirar a oleosidade do cabelo sem precisar de água. Para o resto do corpo, é bom apostar em desodorantes com 48 horas (ou o mais) de proteção e perfumes em geral. Para quando nem isso estiver fazendo efeito, lenços umedecidos estão aí para um bom banho de gato. Tenha também sempre com você álcool em gel. Ele não é tão bom quanto a combinação de água e sabão, mas vai ajudar a matar as bactérias quando lavar a mão for um luxo.
Se você estiver mais endinheirado, é possível tentar importar um kit DryBath, produto criado pelo jovem sul-africano Ludwick Marishane. Ele permite higienizar o corpo sem usar uma única gota de água, como ele explica em sua apresentação no TED.
Problema 2: Como aguentar a sede
Essa parte é realmente mais complicada. Em um verão quente e pouco úmido, como o que temos observado nos últimos meses, a expectativa é que não dê para sobreviver mais do que quatro dias sem água. Por isso, um ponto importante é ter água para beber. Por isso, tenha algumas garrafas (ou galões) em casa, para casos extremos.
Se o estoque de todos os supermercados acabar, não se desespere! Há gente poderosa investindo pesado para acabar com a sede no mundo. Michael Pritchard, por exemplo, criou uma garrafa que filtra água contaminada (mesmo as de enxurrada das grandes capitais) em poucos segundos. É verdade que o preço é bastante salgado: cerca de R$ 465 (ou 119,99 libras).
Essa parte é realmente mais complicada. Em um verão quente e pouco úmido, como o que temos observado nos últimos meses, a expectativa é que não dê para sobreviver mais do que quatro dias sem água. Por isso, um ponto importante é ter água para beber. Por isso, tenha algumas garrafas (ou galões) em casa, para casos extremos.
Se o estoque de todos os supermercados acabar, não se desespere! Há gente poderosa investindo pesado para acabar com a sede no mundo. Michael Pritchard, por exemplo, criou uma garrafa que filtra água contaminada (mesmo as de enxurrada das grandes capitais) em poucos segundos. É verdade que o preço é bastante salgado: cerca de R$ 465 (ou 119,99 libras).
Podemos apelar para a generosidade de Bill Gates. O bilionário fundador da Microsoft tem investido em uma usina de tratamento que transforma esgoto em água potável e eletricidade. Apesar de a ideia parecer um tanto quanto nojenta, Gates garante que o Omniprocessor funciona. Até tomou um copo com água recém-tirada da máquina para provar seu ponto. Bora começar uma petição online para que Bill Gates traga uma planta de testes para São Paulo?
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