Florianópolis, em Santa Catarina. Estado foi o que mais abriu vagas com carteira assinada em 2014 em todo o Brasil(Elaine Skowronski/VEJA)
O Brasil terminou o ano passado com o pior desempenho de seu mercado de trabalho
desde 2002. O saldo nacional da criação de vagas (contratações menos demissões)
desabou de 1,14 milhão em 2013 para 397.000 empregos criados. Regionalmente,
quem mais pesou foi o Estado de São Paulo, que gerou menos de um sexto das
vagas de um ano antes e perdeu o posto de maior criador de empregos para
Santa Catarina.
Ao todo foram 53.887 novos postos no Estado sulista, segundo dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho
(MTE) nesta sexta-feira. Enquanto isso, São Paulo abriu 42.553 empregos formais
ano passado (em 2013, tinham sido 267.812). Nem a própria Santa Catarina se livrou
de uma redução do número de vagas – havia aberto 76.762 postos no período anterior.
A redução das vagas abertas em alguns dos principais Estados brasileiros ajuda a
explicar o péssimo desempenho nacional. Minas Gerais, por exemplo, teve queda de
88.484 para 15.437 novas vagas. No Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar
na lista de maiores empregadores com saldo líquido de 53.586 empregos, a criação
de postos de trabalho havia sido quase o dobro (100.808) em 2013.
Alguns Estados aparecem no ranking positivo (mais contratações do que demissões).
O Ceará abriu 47.372 (ante 50.206 em 2013); o Paraná, 41.012 (ante 90.349), e Goiás
25.333 (haviam sido 60.831).
Na Bahia, onde 22.008 novos postos de trabalho com carteira assinada foram
abertos, o número representa menos da metade do que o visto em 2013 (50.206). No
Norte, o Pará registrou um saldo positivo de 17.013 postos, contra 29.616 no ano anterior.
Mas a situação é ainda pior no fim da lista, que traz os Estados onde houve mais
demissões que contratações em 2014. Pernambuco teve o pior resultado: saldo
negativo de 13.793 postos. Em 2013, tinha sido abertas 28.062 vagas em seu
território. O mercado de trabalho também foi ruim para Amazonas (que perdeu
6.027 postos), Alagoas (menos 3.337) e Rondônia (menos 1.853) ano passado.
Segundo o Caged do ano imediatamente anterior, o Amazonas havia criado
24.346 postos, enquanto Alagoas e Rondônia já haviam registrado resultado
negativo de 1.484 e 3.221.
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