Descubra a verdade por trás de “Cinquenta Tons de Cinza”, a patética história que transforma um maníaco sadomasoquista em herói romântico
Em um tempo longínquo, a sociedade costumava enviar sádicos para um terapeuta ou para a prisão, não para o próprio quarto. Mas, com o advento de Fifty Shades of Grey ["Cinquenta Tons de Cinza", em português], os dias de sanidade mental da humanidade estão contados. O recorde de vendas do livro e o sucesso de bilheteria do filme denunciam o estado doentio da modernidade e convidam pais, mães e filhos a uma importante reflexão.
A obra, escrita por uma mulher e recentemente adaptada para o cinema, conta a história de "amor" nada saudável entre o magnata Christian Grey e a jovem estudante Anastásia Steele. O relacionamento dos dois é regido por um "contrato", no qual Christian é denominado o "dominante", e Anastásia, a "submissa". As cláusulas do documento são estarrecedoras: "a Submissa (...) deve oferecer ao Dominante, sem perguntar nem duvidar, todo o prazer que este lhe exija"; "o Dominante pode açoitar, surrar, dar chicotadas e castigar fisicamente à Submissa (...) por motivos de disciplina, por prazer ou por qualquer outra razão, que não está obrigado a expor"; "a Submissa aceitará açoites, surras, pauladas, chicotadas ou qualquer outra disciplina que o Dominante administrar, sem duvidar, perguntar nem queixar-se".
O mesmo contrato ainda fixa um prazo de validade de "três meses", durante os quais Anastásia se torna "propriedade" de Christian. A lista de aberrações é interminável. "Açoites", "açoites com pá", "chicotadas", "gelo", "cera quente" são talvez as únicas "fantasias" nomináveis do livro. É este arsenal de torturas o protagonista de "Cinquenta tons de cinza".
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