domingo, 29 de março de 2015

BETO RICHA DISSE QUE É PERSEGUIDO POR PESSOAS RAIVOSAS , AFIRMA QUE EM SEU GOVERNO NÃO HOUVE FRAUDE!



Na primeira entrevista em que falou de forma mais aberta sobre as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina, o governador Beto Richa (PSDB) afirmou que é perseguido por promotores que “tem sido muito raivosos” e que teriam “fortes ligações políticas com o governo anterior” – comandado pelo hoje senador Roberto Requião (PMDB), seu adversário político. Ele anunciou que iria fazer uma representação contra os promotores. A entrevista foi concedida à jornalista Joice Hasselmann, na TVeja e veiculada ontem no site da revista Veja na internet. O tucano disse ainda que não existem irregularidades na licitação que contratou emergencialmente a Providence Auto Center e que “não existia sentido” para a prisão do seu parente, Luiz Abi Antoun, feita pelo Gaeco de Londrina.
Na entrevista o governador reclamou ainda que “alguns veículos de comunicação fazem questão de associar” as suspeitas a ele. Richa disse ter representado ontem contra os promotores de Londrina. “Tem alguns promotores que têm sido muito raivosos, feito declarações que atingem o meu governo, que eu não posso aceitar esse tipo de declaração. Inclusive estou representando hoje [ontem] no Ministério Público a minha insatisfação por algumas declarações maldosas e exageradas de alguns promotores”, disse Richa na entrevista.
Procurados pelo JL, os promotores não quiseram comentar as declarações do governador.
Beto Richa defendeu o seu “primo” Abi. Ele afirmou que seu parente “não fraudou [a licitação]”. “Foi um serviço emergencial autorizado pelo Tribunal de Contas”, declarou.
Nós x eles
Sobre a presença de pessoas com “fortes ligações políticas com o governo anterior” no MP, alegada pelo tucano, é a mesma estratégia que ele usa para criticar as greves do funcionalismo, realizadas em fevereiro, em outro trecho da entrevista. Segundo Richa, o movimento dos professores teria sido articulado pelo PT, que segundo ele, teria controle sobre a APP-Sindicato, a entidade que representa a categoria. Já no caso das manifestações de 15 de março, contra o governo da petista Dilma Rousseff, Richa afirmou que trata-se de “um grande movimento popular” que encampa todos os setores da sociedade.

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