O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tem a intenção de assumir a gestão e a duplicação de trecho da PR-445 localizado entre Londrina e Mauá da Serra. O pedido de Delegação de Competência, válido por 25 anos, foi protocolado no gabinete da Casa Civil, em Curitiba. Ou seja, o município precisa de autorização do Governo do Estado para executar as obras.
Na avaliação de Kireeff, a duplicação do trecho pode ajudar Londrina e os municípios da região a escoarem as suas produções pelos portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, e Itajaí, Navegantes, São Francisco e Itapoá, em Santa Catarina. "O objetivo principal é estruturar um novo eixo de desenvolvimento agroindustrial e comercial para Londrina e o Paraná", pontuou o chefe do Executivo em entrevista ao Núcleo de Comunicação (N.Com) da prefeitura.
Kireeff também abriu uma enquete no Facebook na manhã desta quinta-feira pedindo a opinião de seus usuários sobre a importância da duplicação da PR-445 entre Londrina e Mauá da Serra. A maioria dos seguidores do prefeito se posicionou favoravelmente à execução das obras.
Detalhes do pedido feito pelo prefeito devem ser revelados por ele só na manhã desta sexta-feira (20), em entrevista coletiva marcada para as 10h.
Histórico
Entidades da sociedade civil organizada de toda a região norte do Paraná reforçaram o apelo pela duplicação da PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra, em 2013, quando o Governo do Estado iniciou as obras de duplicação de trecho da rodovia localizado entre Londrina e Cambé. Na época, o governo se mostrou sensível ao pedido das entidades, mas adiantou que não tinha condições financeiras para custear a duplicação de quase 80 quilômetros de rodovia.
De lá para cá, o Executivo Estadual passou a estudar propostas viáveis, entre elas alguns modelos de Parceria Público-Privada (PPP) que deram certo. A intenção inicial seria copiar a PPP implantada na duplicação de pouco mais de 200 quilômetros da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, no noroeste do estado, em que o Consórcio Rota 323 pretende investir R$ 7 bilhões por uma concessão de 30 anos.
Com a parceria, a empresa selecionada faria as obras de duplicação e implantaria pedágios na rodovia posteriormente com o objetivo de recuperar o dinheiro investido.
O Governo do Estado também havia cogitado a possibilidade de utilizar financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para bancar a obra, excluindo a necessidade de cobrança de pedágio no trecho.
Obras paralisadas
As obras de duplicação de trecho da PR-445 localizado entre Londrina e Cambé estão paralisadas desde o início deste ano, quando a construtora Sanches Tripoloni, responsável pelo procedimento, retirou os seus operários do canteiro de obras. A empresa está sem receber os valores integrais pelo serviço há quase um ano.
A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística informou, via assessoria de imprensa, que está renegociando os valores com a terceirizada, e que não teve condições de fazer o repasse integral por ainda esperar pelos recursos federais do Proinveste.
Não há prazo para que as obras sejam retomadas na rodovia. O investimento total da duplicação gira em torno dos R$ 100 milhões.
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