terça-feira, 12 de maio de 2015

PROFESSORES FAZEM ATO PARA ACOMPANHAR REUNIÃO QUE PODE ACABAR COM A GREVE!




Cerca de 150 manifestantes, a maioria professores - mas também
 estudantes e outros servidores públicos do Paraná -, estão
 concentrados desde as 9 horas desta terça-feira (12)
 em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro
Cívico, em Curitiba. Eles pressionam o governo
 estadual por um reajuste salarial correspondente
 ao menos à inflação dos últimos 12 meses
medida pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em entrevista à Gazeta do Povo nesta segunda-feira (11),
 o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, antecipou que a
 situação financeira do estado não permitiria nenhum reajuste
 salarial para os servidores, mas acrescentou que a decisão
 sobre conceder ou não o reajuste não é apenas da pasta.
“Cabe a nós apresentar os números para que seja
tomada uma decisão”, resumiu ele.
  •  (Crédito: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
    (Crédito: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
Segundo Marlei Fernandes, diretora de Finanças da APP-
Sindicato (que representa os professores da rede estadual),
 o Fórum Estadual de Servidores (FES) tem argumentos
 técnicos mostrando que é possível conceder ao menos a
 reposição da inflação do período, calculada em 8,17%,
 como reajuste salarial aos servidores estaduais. Segundo
 ela, os cálculos apresentados pelo secretário da Fazenda
 são mais um sinal do desajuste vivido pela administração
 Beto Richa (PSDB).
Por volta das 10h20, representantes do FES iniciaram
 uma reunião a portas fechadas com a secretária de
 Administração e Previdência, Dinorah Nogara, e a
 secretária da Educação, Ana Seres Trento Comin,
 para tratar da data-base. A expectativa do FES é que
seja apresentada uma proposta concreta de reajuste salarial.
Há uma semana, reunidos com a secretária da Administração,
 os servidores saíram sem uma proposta oficial do governo
 estadual, o que influenciou na decisão dos professores de
 manter a greve. A secretária argumentou na ocasião que
 a pasta da Fazenda precisaria de mais tempo para analisar
 o comportamento da arrecadação.
O resultado da reunião desta terça-feira (12) é considerado
 determinante para a discussão em torno das greves em
 curso. Professores e funcionários das escolas estaduais,
 além de professores e funcionários das sete universidades
 estaduais, estão de braços cruzados desde o último dia 27.
O estado do Paraná tem hoje mais de 182 mil servidores
ativos, além de mais de 81 mil aposentados e mais de 26
 mil pensionistas. A folha de pagamento dos servidores
 ativos gira em torno de R$ 1,1 bilhão por mês, segundo
 números da Secretaria de Administração e Previdência.
Protesto
No ato desta terça-feira, a participação mais visível é
 de professores da rede estadual de ensino, mas também
 há a presença de representantes e estudantes da Unioeste.
 Também é esperada a participação de servidores ligados
 ao Sindsaúde, o sindicato que representa os trabalhadores
 da área de saúde no estado. Um carro de som está presente
 em frente ao Palácio das Araucárias, para ajudar na
 divulgação das pautas do movimento.
Em Londrina
Em Londrina, os professores fizeram uma concentração na
sede do Núcleo Regional de Educação em Londrina para
um grande ato público. Objetivo é reforçar a mobilização
 para acompanhar a reunião que poderá colocar fim à greve.

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