Amanda Audi/Gazeta Do Povo
- 25/05/2015 09:15
A aprovação da reforma da previdência estadual
em caráter retroativo permitiu que todos os Poderes
do estado sacassem valores do Fundo Previdenciário.
Ao todo, o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia
Legislativa e Tribunal de Contas do Paraná sacaram R$ 44,4 milhões
da Paranaprevidência.
A Gazeta do Povo teve acesso ao documento sigiloso que consolida o
saque da previdência e especifica o montante destinado a cada Poder.
Todos os dirigentes dos órgãos citados assinaram o acordo, assinado
um dia depois do “massacre do Centro Cívico”.
saque da previdência e especifica o montante destinado a cada Poder.
Todos os dirigentes dos órgãos citados assinaram o acordo, assinado
um dia depois do “massacre do Centro Cívico”.
No total, R$ 527 milhões saíram do Fundo Previdenciário. A maior
parte do saque, R$ 483 milhões, foi destinada ao governo estadual.
Abaixo do governo, o órgão que mais se beneficiou com a retroatividade
da lei foi o TJ, que recebeu R$ 23,2 milhões. Em seguida aparecem o MP
(R$ 10,9 milhões), o Tribunal de Contas (R$ 9,7 milhões), e por fim
a Assembleia (R$ 669,3 mil).
parte do saque, R$ 483 milhões, foi destinada ao governo estadual.
Abaixo do governo, o órgão que mais se beneficiou com a retroatividade
da lei foi o TJ, que recebeu R$ 23,2 milhões. Em seguida aparecem o MP
(R$ 10,9 milhões), o Tribunal de Contas (R$ 9,7 milhões), e por fim
a Assembleia (R$ 669,3 mil).
Os valores são um “ressarcimento” pelo que os órgãos “pagaram
a mais” com aposentados com mais de 73 anos entre janeiro e
abril deste ano. Depois da promulgação da Lei 17.435, em 30
de abril, esses pagamentos passaram a ser feitos pelo Fundo
Previdenciário, uma espécie de “poupança” do funcionalismo.
Antes, eram pagos pelo caixa de cada instituição.
a mais” com aposentados com mais de 73 anos entre janeiro e
abril deste ano. Depois da promulgação da Lei 17.435, em 30
de abril, esses pagamentos passaram a ser feitos pelo Fundo
Previdenciário, uma espécie de “poupança” do funcionalismo.
Antes, eram pagos pelo caixa de cada instituição.
A mudança na Paranaprevidência foi aprovada na
Assembleia Legislativa ao mesmo tempo em que
servidores que protestavam contra a alteração
eram reprimidos pela polícia militar,
em 29 de abril.
Assembleia Legislativa ao mesmo tempo em que
servidores que protestavam contra a alteração
eram reprimidos pela polícia militar,
em 29 de abril.
Os saques vão na contramão do que havia sido anunciado pelo governo anteriormente. O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa,
afirmou que não iria retirar dinheiro da previdência, mas sim
compensar com menos repasses no futuro. Ele voltou atrás
depois que a movimentação foi divulgada, dizendo que os
saques servem apenas para “contabilização correta” das
contas do primeiro quadrimestre.
afirmou que não iria retirar dinheiro da previdência, mas sim
compensar com menos repasses no futuro. Ele voltou atrás
depois que a movimentação foi divulgada, dizendo que os
saques servem apenas para “contabilização correta” das
contas do primeiro quadrimestre.
Em declaração à Gazeta do Povo na semana passada, o consultor
previdenciário e idealizador da Paranaprevidência, Renato Follador,
avaliou que os saques têm objetivo apenas de abastecer o caixa do
governo e dos poderes. “A função do Mauro Ricardo é fazer caixa,
e o único lugar que tem dinheiro no Paraná hoje é a previdência”,
disse ele.
previdenciário e idealizador da Paranaprevidência, Renato Follador,
avaliou que os saques têm objetivo apenas de abastecer o caixa do
governo e dos poderes. “A função do Mauro Ricardo é fazer caixa,
e o único lugar que tem dinheiro no Paraná hoje é a previdência”,
disse ele.
Para os servidores, o problema mais imediato é a retirada abrupta de
muito dinheiro do fundo. A ação não é recomendada por especialistas
porque nas projeções atuariais são avaliados também os rendimentos
do fundo. Na prática, significa dizer que a solvência do fundo será
ainda menor que os cerca de 30 anos apontados pelo governo
.
muito dinheiro do fundo. A ação não é recomendada por especialistas
porque nas projeções atuariais são avaliados também os rendimentos
do fundo. Na prática, significa dizer que a solvência do fundo será
ainda menor que os cerca de 30 anos apontados pelo governo
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