Quem nasceu na roça sabe que
o trabalho na
agricultura é difícil e no dia a dia,
enfrenta-se
frio, chuva , sol...realmente se
derrama suor
na labuta.
“Eu nasci na roça. Desde que me entendo por gente, trabalho com isso. Sou filho de agricultores que vieram da Bahia para o Paraná e acho que vou morrer no campo.” Com essas palavras, o agricultor Agnaldo Bispo, 43 anos, presidente da Cooperativa Solidária de Produção, Comercialização e Turismo Rural da Agricultura Familiar do Norte do Paraná (Coafas Londrina), resume sua vida.
Hoje, data em que se comemora o Dia do Agricultor, Bispo pode
ser apontado como exemplo de agricultor familiar. No sítio,
trabalham os pais dele, sua esposa e os dois filhos, de
18 e 20 anos. “No sítio tem laranja e área de estufa.
Mexemos com repolho, couve-flor, batata doce,
essas coisas.” Após ingressar na cooperativa,
parou de depender tanto das vendas na Ceasa,
já que participa dos programas federais.
Mas ainda assim leva o excedente da
produção à central de distribuição
três vezes por semana.
ser apontado como exemplo de agricultor familiar. No sítio,
trabalham os pais dele, sua esposa e os dois filhos, de
18 e 20 anos. “No sítio tem laranja e área de estufa.
Mexemos com repolho, couve-flor, batata doce,
essas coisas.” Após ingressar na cooperativa,
parou de depender tanto das vendas na Ceasa,
já que participa dos programas federais.
Mas ainda assim leva o excedente da
produção à central de distribuição
três vezes por semana.
Segundo dados do Censo 2010, 70% dos agricultores de
Londrina são pequenos produtores ou agricultores
familiares. São eles os responsáveis pela produção de
arroz, feijão, mandioca, batata, frutas e verduras consumidas
diariamente na região. “Esses pequenos produtores é
que garantem a soberania alimentar e a segurança alimentar
do Brasil. O agronegócio, voltado especificamente para a
produção de commodities – cana, soja, carne -, é responsável
por boa parte da riqueza do País, mas se não fosse o
agricultor familiar, passaria fome”, diz o gerente-regional
da Emater, Sérgio Carneiro.
Londrina são pequenos produtores ou agricultores
familiares. São eles os responsáveis pela produção de
arroz, feijão, mandioca, batata, frutas e verduras consumidas
diariamente na região. “Esses pequenos produtores é
que garantem a soberania alimentar e a segurança alimentar
do Brasil. O agronegócio, voltado especificamente para a
produção de commodities – cana, soja, carne -, é responsável
por boa parte da riqueza do País, mas se não fosse o
agricultor familiar, passaria fome”, diz o gerente-regional
da Emater, Sérgio Carneiro.
Hoje o agricultor familiar está bem assistido pelos programas governamentais
para investir na produção, com financiamentos acessíveis para custeio e
investimentos. “Mas falta ainda pensar nas necessidades do agricultor não
só em termos de produtividade, mas também em qualidade de vida.
O desafio é levar as comodidades que o morador urbano tem para
o campo. Só assim vamos fixar o jovem na terra, um dos grandes
desafios da agricultura brasileira”, diz. Para ele, União, Estado e
Município precisam investir uma parcela maior do orçamento
em melhorias na infraestrutura rural. “A cobertura de internet
e telefonia celular deixam muito a desejar. É preciso aumentar
o acesso, investir em comunicação, em saúde, segurança. Pensar
na sucessão familiar para segurar o jovem no campo e dar mais
condições de trabalho para eles. Se isso não for pensando, corre-se
o risco de perder a soberania alimentar em anos futuros.”
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