Talvez o vereador não saiba, mas o seu raciocínio parte do pressuposto de que quem depende ou recebe do governo não teria independência para votar. Seguindo esse raciocínio, a medida deveria se estender a quem contraiu empréstimos da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES, recebe bolsa de pós-graduação ou de iniciação científica ou é funcionário público. Todos esses, de alguma forma, recebem ou receberam do governo.
Provavelmente por falta de conhecimento ou informação, Deliberador recorreu ao senso comum. Sua tese não é nova. Talvez ele não saiba, mas está defendendo o voto censitário, que não é exatamente uma novidade – estava previsto na Constituição de 1824. O problema da fala de Deliberador, é que um vereador que ganha R$ 13 mil mensais para se dedicar à atividade política deveria estudar um pouco mais. O uso do senso comum nas ruas é até perdoável. Mas um parlamentar, por mais limitado que seja, deveria estudar um pouco mais para conseguir ir além do senso comum.
REFLEXÃO DO BLOG:
Tudo bem o vereador pode estar errado na legalidade de seu falar e pensar. Porém moralmente , eticamente tem razão em assim falar. Pois o voto de cabresto havido no passado, com cédulas rasuradas, votos prédeterminados a quem a classe dominante queria tem pouca diferença com a bolsa família. Quem a recebe é ameaçado de perdê-la caso no vote no presidente... Quantos votos atrelados não existiram num pleito anterior em que foi eleita a Dilma?
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