Jovem Guarda e futebol, uma tabelinha
Há um ano que chegava em Londrina. Era o sonho de trabalhar em rádio. O que ganhava dava para pagar a pensão o restante ficava pelo prazer de fazer o que gostava.
Lembro-me que em 1965, a TV Record de São Paulo transmitia os clássicos esportivos disputados no Pacaembu. Savia-se que sem receber nada, os clubes se sentiam explorados e resolveram cobrar. A emissora não aceitou pagar e encerrou as transmissões (parênteses: até o início dos anos 1980, não se falava em direito de arena ou cotas de televisão).... Belos tempos, lindos dias...
Sem futebol e com um buraco na programação, o canal 7 de São Paulo aceitou a ideia de um grupo de publicitários e colocou no ar o Jovem Guarda, um musical comandado por um trio do barulho: Roberto Carlos, Wanderleia e Erasmo Carlos. O dia 22 de agosto de 1965 foi o primeiro de tantos domingos recheados de rocks e balada romântica.
O agito saltou rapidamente do auditório paulistano para enormes ginásios país afora. A adoração dos fãs consumiu até roupas baseados nos ídolos. Eis um reclame da coleção Calhambeque:
Só quem viveu sabe o quanto era bom ser jovem e curtir estes mágicos momentos musicais.
A fala simples e comunicativa do Roberto...seu jeito de bom rapaz... grandes líderes da música
jovem...e ele dizendo:"É uma brasa , mora!".
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