Os 2,5 mil alunos de escolas municipais trouxeram para a avenida fanfarras, vestiram-se com temas das culturas local e nacional – dos índios aos imigrantes –, mostraram etnias, o amor ao Brasil e a Londrina.
Neste ano, não houve o “Grito dos Excluídos” – último a desfilar, formado por integrantes de movimentos sociais. Três grupos, no entanto, fizeram manifestações: o primeiro, mais numeroso, reuniu aposentados que denunciavam as perdas salariais durante o governo da presidente Dilma. Outro, do “Grupo Patriotas de Londrina”, pedia a volta do regime militar. Depois, foi a vez de um discreto trio a defender a volta da monarquia, com a bandeira do movimento.
As fanfarras foram bastante aplaudidas, principalmente a do Colégio Marcelino Champagnat, cujos integrantes estavam em trajes pretos, de gala. Em outra fanfarra, não menos elegante, estava Mateus André, 15, integrante da Guarda-Mirim, que carregava com muita atenção a bandeira de Londrina: “É linda mesmo. Dá para sentir a responsabilidade de carregar”, disse. “Fico feliz de estar aqui, mas queria o país um pouco melhor. Seria bom menos crise, mais saúde, mais educação”, afirmou, em tom de discurso. “Hoje é a primeira vez que desfilo, mas desde criança venho aqui. Faço questão.”
A Escola Municipal Norman Prochet levou a criançada vestida com os povos que formam o Brasil e as profissões dos pais e familiares. “A gente tem que respeitar o Brasil”, mandou Maria Cecília, 11 anos, em trajes policiais, certeira sobre o sentido daquela movimentação toda.
Com a camisa da seleção, o moçambicano Joel Bongani, 7 anos, deu aula de sensibilidade no meio da turma da escola.
Como carregava uma placa com a inscrição “Angola”, a todo instante era cutucado pelos amigos que perguntavam se era africano. Explicava: “Sou da África sim, mas de Moçambique. Minha cidade é Maputo. A Angola é pertinho: quase do lado”. Joel afirma que gosta muito do Brasil e que “as pessoas daqui são parecidas com as de lá”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário