Marcha das Mulheres Negras e acampados pró-impeachment entramem
confronto em Brasília . Homem foi preso depois de efetuar disparos de
arma de fogo no meio da confusão. Renan pedirá que PF e PM
investiguem presença de armamento nas barracas.
- Por: Felipe Frazão, de Brasília18/11/2015 às 15:44 -
Manifestantes pró-impeachment e pró-intervenção militar
entram em confronto com a Polícia Militar. Eles tentaram
furar o bloqueio da polícia em torno do Congresso Nacional,
em Brasília (DF)(Pedro Ladeira/Folhapress)
Integrantes da Marcha das Mulheres Negras e manifestantes
que estão acampados em frente ao Congresso em defesa do
impeachment da presidente Dilma Rousseff entraram em
confronto nesta quarta-feira em Brasília. Houve disparos
de armas de fogo, e ao menos um homem foi preso pela
Polícia Militar. Ele é suspeito de atirar pelo menos três
vezes para o alto. Policiais o identificaram como um
policial civil maranhense. Ele portava uma pistola
preta escondida dentro de uma mochila verde e
estava de boné e óculos escuros.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, afirmou que pedirá
à Polícia Federal e à Polícia Militar que investiguem a existência
de armas de fogo e bombas nas barracas dos acampados. Desde a
semana passada, esta é a terceira ocorrência registrada no acampamento,
onde ficam montadas as barracas de caminhoneiros, de grupos favoráveis
à intervenção militar e também da Aliança Nacional dos Movimentos
(integrada por grupos como Movimento Brasil Livre, Nas Ruas e
Revoltados On-line).
O tumulto interrompeu a votação dos vetos presidenciais na sessão do
Congresso Nacional. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) coletou duas
cápsulas deflagradas no gramado em frente ao Legislativo e levou ao
plenário. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), cobrou um
reforço na segurança. "O protesto é legítimo, mas do jeito que está
não dá. Tem que fazer uma varredura."
Também foram arremessadas bombas de fabricação caseira.
A Polícia Legislativa teve de reforçar a segurança e interveio
no tumulto entre manifestantes, integrantes da CUT (Central
Única dos Trabalhadores) e da marcha. As mulheres e os grupos
anti-Dilma trocaram agressões e provocações. Elas conseguiram
arrancar faixas contra o governo e derrubaram o boneco inflável
em homenagem ao general Antonio Hamilton Mourão, afastado
do Comando Militar do Sul depois de criticar a presidente e
conclamar a tropa ao "despertar da luta patriótica"
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