Esta é a Rua Iugoslávia, onde moro e só mora gente boa. A todos meus amigos daqui, de perto e de longe cordial abraço e que Deus esteja em seus lares!
O Dia do Vizinho é, sem dúvida, legítimo e deve ser comemorado. Mas há divergências pontuais sobre o dia em que se deve comemorar. Para alguns estados brasileiros o dia do vizinho é comemorado na data de 23 de Dezembro, na antevéspera do Natal. Para outros, no entanto, é em 20 de Agosto, em homenagem ao dia de nascimento da poetisa Cora Coralina.
Cora Coralina nasceu em Goiás e tinha na sua vizinhança o tema principal de suas obras. Por esse motivo a data de seu nascimento também é uma possibilidade para que se comemore o dia do vizinho.
Qual a origem dessa celebração?
Como dito anteriormente, a data é usada para celebrar a fraternidade entre a vizinhança. O ápice desse sentimento veio à tona com a escritora e poetisa Cora Coralina, que acabou estimulando o interesse na proclamação de uma data para que essa união entre vizinhos fosse celebrada e comemorada.
A proposta é lembrar daquele que está ao seu lado, com quem você pode conversar a qualquer hora (dependendo da relação que tiverem, claro), a quem você pode pedir uma xícara de açúcar ou uma escada emprestada, mas que reclamará do barulho da sua festa se ela exceder o tempo permitido por lei! Onde moro, Rua Iugoslávia, há boa convivência, temos boa amizade e consideramos todos como se fossem familiares. Como é bom ser rodeado de gente boa!!!
O que é comemorado nesse dia?
Nesse dia se homenageia acima de tudo a relação de ódio e amor na qual normalmente vivem aqueles que dividem não a mesma casa, mas um espaço comum de convivência durante semanas, meses, anos e até mesmo décadas. Vizinhos são aqueles que conhecemos também como companheiros de porta, que compartilham com a gente o mesmo condomínio, o mesmo prédio e até a mesma rua, como é o caso nosso.
É bem verdade que com o passar dos séculos o sentimento de fraternidade entre a vizinhança acabou se perdendo aos poucos. Os motivos para isso são vários. Primeiramente a maioria de nós vive em grandes cidades, de maneira geral insegura, o que gera grande desconfiança até mesmo daqueles que moram ao lado. Além disso, a nossa sociedade é constituída por pessoas cada vez mais individualistas, cada vez mais interessadas apenas nas próprias vidas e pouco cativadas pelas questões da comunidade. Com isso a relação com aquele que mora ao lado foi se perdendo aos poucos.
Entretanto, é nas cidades pequenas e nos bairros de subúrbio que a relação com quem vive próximo se mostra ainda muito forte e solidificada. É comum vermos famílias que se conhecem a gerações e amigos de porta conversando no portão a qualquer hora da noite e do dia, estreitando laços e trocando experiências, comemorando datas especiais juntos e resolvendo questões do grupo também em conjunto. Temos ainda o antigo hábito de ficar sentados defronte nossas casas e conversando!
Vale lembrar que quando o homo sapiens começou a surgir ele era na verdade nômade, ou seja, preocupava-se em circular por várias áreas distintas em busca de uma qualidade de vida superior e por esse motivo muito pouco se relacionava com o seu próximo. Com o surgimento da agricultura a figura do vizinho surgiu de maneira importante e foi a partir daí que pessoas que moram próximas passaram não apenas a dividir vilas, ruas, bairros e prédios, mas também interesses, preocupações e planos!
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