O laboratório de sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou que o estrondo que causou pânico aos moradores em Londrina, no norte do Paraná, na sexta (1º), foi causado por um terremoto.
A confirmação foi dada pelos geólogos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) em uma reunião convocada pelos próprios moradores da cidade na noite de terça-feira (5).
O abalo sísmico teve 1,9 de magnitude e ocorreu pouco depois das 16h, na região dos bairros Jardim Califórnia, Europa e Vila Brasil, na zona leste da cidade.
Embora os tremores já tenham sido relatados pelos moradores da região em diversas ocasiões, esta é a segunda confirmação oficial de terremoto na cidade nos últimos dias. O penúltimo registro foi no dia 14 de dezembro quando um abalo um pouco mais fraco de magnitude 1,8 atingiu a mesma região. Várias casas ficaram comprometidas por causa de rachaduras. Em ambas as situações, ninguém ficou ferido.
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"A sensação é horrível. Tenho duas filhas pequenas e não aguento mais sentir esses abalos todos os dias. A situação está bem difícil", disse a vendedora Francieli de Araujo.
Para a população, a principal hipótese para justificar a origem de tantos tremores é a construção recente de uma adutora da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) na cidade. A empresa, por sua vez, nega relação com os problemas. "As obras da Sanepar já foram concluídas e não foi registrado nenhum abalo durante a execução das obras. Os abalos que estão acontecendo agora são resultado de outros fenômenos da natureza", afirma a Sanepar.
Mesmo assim, a empresa se comprometeu a instalar um sistema para medir a pressão dentro das tubulações e que informou que vai reavaliar todo o projeto da adutora.
Para ajudar a identificar os problemas, serão instalados sensores portáteis a partir desta quarta-feira (6) nos bairros mais atingidos. Os aparelhos foram emprestados da USP pelos professores da UEL.
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