As mudanças na legislação eleitoral aprovadas em 2015 devem modificar a forma com que candidatos vinham fazendo campanha. Além da proibição de doações por empresas, os candidatos estarão impedidos de usar materiais como cavaletes e de realizar pinturas em muros. O cenário atual de desconfiança da população na classe política também deverá interferir nas estratégias para se atingir o eleitorado.
Segundo vereadores entrevistados, o novo pleito será de testes e aprendizado para a classe, que terá que vencer novos obstáculos para chegar à Câmara de Curitiba em 2017. Entre as estratégias, falam em utilizar de forma mais eficaz a internet e o “corpo a corpo” no curto tempo de campanha, que começa em agosto.
Como forma de tornar a eleição mais igual, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também instituiu um teto para os gastos – em Curitiba, os candidatos a vereador podem gastar no máximo R$ 348 mil na campanha, o que corresponde a 70% do maior valor declarado na última eleição. Bruno Pessuti (PSC) foi o vereador eleito que mais gastou em 2012 – foram R$ 497,3 mil.
Publicidade
Para o vereador, a redução do tempo de campanha deve reduzir consideravelmente os gastos na tentativa de reeleição. “Antes existia um mercado de cabos eleitorais, que eram contratados por 90 dias. Como agora temos a metade do tempo, os gastos com material e com pessoal devem ser reduzidos.” Ainda de acordo com Pessuti, a redução no tempo de tevê fará com que o eleitor passe mais tempo buscando o candidato em que votará. “A internet terá um papel fundamental nesta busca, não só pelas redes sociais mas com os aplicativos de mensagens. Uma das principais estratégias deve ser a criação de grupos no WhatsApp para divulgar o trabalho de candidatos e também para disseminar informações que prejudique os adversários. A Justiça Eleitoral deve estar preparada para isso.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário