Evento Vai Ter Gorda na Praia ocorreu neste domingo em Florianópolis (Foto: Edvana Stavizki/Divulgação)"Desde 2012 este evento ocorre em várias cidades do país. Eu decidi realizar em Florianópolis que é a 'capital do corpo perfeito' justamente para questionar este padrão exigido. Não é que as gordas sejam proibidas de ir à praia, mas os olhares tortos existem", disse Letícia de Assis, organizadora.
Desde as 10h, o grupo estava na praia da Tapera, no Sul da Ilha. "O público foi muito receptivo, nos aplaudiram, tiraram fotos conosco", conta Leticia. No período da tarde, a sessão continua no Campeche, também no Sul da Ilha.
Participam do evento catarinenses modelos plus size, concorrentes de títulos de concurso de beleza, uma atriz, uma cantora, entre outras mulheres que aderiram ao projeto. Os manequins das participantes vão até o número 52.
Preconceito começa em casa
Segundo Letícia, o preconceito não é somente entre banhistas. "Eu sofri preconceito na minha família. É um processo complicado de aceitação, convencer a família e dizer que é possível ser saudável tendo o corpo que se tem", diz Letícia.
"Tem mulher que chega na praia e o namorado pede para colocar um shorts. Ou a família pede para ela se cobrir com uma canga. A gente trabalha aqui com a identidade e a autoestima das mulheres", finaliza a organizadora.
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