A tradição de reservar uma data para reivindicar a igualdade de direitos da mulher
é centenária. Nesta terça, 8 de março, celebra-se o Dia Internacional
da Mulher na maioria dos países. Entretanto, um longo caminho foi
percorrido até que essa data surgisse. Nesse caminho, a efeméride – que
surgiu com espírito e iniciativa sindicalista – evoluiu, mudou de dia e
perdeu a palavra trabalhadora do seu título. No dia 8 de março –
data oficializada pela ONU em 1975 – pleiteia-se a igualdade completa
de direitos.
A ideia de um dia internacional da mulher surgiu no final do século
XIX, mas foram diferentes fatos no século XX que derivaram para a
celebração que conhecemos hoje. Um deles, talvez o mais simbólico, mas
não o único, ocorreu em 25 de março de 1911, quando 149 pessoas, a
maioria mulheres, morreram no incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist,
em Nova York. O incidente revelou as penosas condições nas quais
trabalhavam as mulheres, muitas delas imigrantes e muito pobres. Não foi
um fato isolado – três anos antes, houve outro incêndio em
circunstâncias similares, mas foi a tragédia de 1911 que suscitou
grandes mobilizações e marcou no calendário uma data que já havia
começado a ser celebrada dois anos antes, também em Nova York, onde as
Mulheres Socialistas, seguindo uma orientação partidária, havia
comemorado pela primeira vez o Dia Nacional da Mulher. Foi em 28 de
fevereiro de 1909, e mais de 15.000 mulheres saíram às ruas para
reivindicar melhores salários, redução da jornada de trabalho e direito
ao voto.
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