BRASÍLIA
– O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta quinta-feira um
teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. No evento, o
sistema foi colocado à disposição para que especialistas em informática
tentassem quebrar as barreiras de segurança da urna eletrônica. Foram
detectadas, então, duas vulnerabilidades. Um dos problemas foi
encontrado em urnas com áudio, destinadas a deficientes visuais.
Especialistas apontaram a possibilidade de outra pessoa ouvir o som da
urna, com a ajuda de um equipamento, deixando uma brecha para
identificar o voto do deficiente. Outra falha foi a possibilidade de,
depois de fechada a urna, haver troca no número de votos atribuídos a
determinado candidato.
Segundo o presidente do TSE,
ministro Dias Toffoli, os técnicos do tribunal corrigirão as falhas
antes das eleições municipais, marcadas para outubro.
— Já
conversamos com os nossos técnicos do tribunal, e isso é facilmente
corrigível. O que mostra a vantagem desse tipo de teste, porque se
verifica uma eventual vulnerabilidade a tempo de corrigi-la. Não
chegaremos à eleição com esse tipo de vulnerabilidade — disse.
Só um partido compareceu ao teste
Apenas
um dos 35 partidos políticos, o PDT, compareceu ao teste do TSE. O
ministro Dias Toffoli ironizou a ausência do PSDB. Em 2014, depois das
eleições presidenciais, os tucanos pediram uma auditoria no sistema de
votação, alegando falta de transparência.
— O PSDB não se fez
presente aqui ao longo desses três dias, sinal de que eles ficaram
satisfeitos com a auditoria que eles fizeram. Tão satisfeitos que sequer
acompanharam os testes — declarou Toffoli.
Dias Toffoli ressaltou a importância dos testes para colocar à prova a confiabilidade da urna eletrônica:
—
O teste foi um sucesso enorme. Esse é um trabalho colaborativo, em que a
Justiça Eleitoral coloca a urna sob todo tipo de devassa exatamente
para que possamos aperfeiçoar eventuais sofisticações que a tecnologia,
com o passar do tempo, vai obtendo — concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário