Conceito
O relativismo moral é a visão de que as afirmações morais ou éticas, que variam de pessoa para pessoa, são todas igualmente válidas e que nenhuma opinião sobre o que é “certo e errado” é melhor do que qualquer outra.
O relativismo moral é uma forma mais ampla e mais pessoalmente aplicada de outros tipos de pensamento relativista, tal como o relativismo cultural.
Estas são todas baseadas na ideia de que não exista um padrão definitivo do bem ou do mal, por isso cada decisão sobre o que é certo e errado acaba sendo um puro produto das preferências e ambiente de uma pessoa. Não existe um padrão definitivo de moralidade, de acordo com o relativismo moral, e nenhuma declaração ou posição pode ser considerada absolutamente “certa ou errada”, “melhor ou pior”.
Argumentação
A argumentação pode ser mostrada de forma simples, como uma única premissa, conforme abaixo:
Não há valores (certo e errado) absolutos.
Concordo que apresentar o relativismo moral como uma única premissa é algo muito simplório, e que essa premissa, na verdade, é uma conclusão que segue de alguma outra premissa. Porém, seja qual for a “premissa dessa premissa”, ela será irrelevante para o propósito desse post.
Crítica
Segundo o relativismo moral, todas as ideias morais que temos são apenas opiniões, sem base na realidade. Portanto, a situação fica parecida com a do relativismo “genérico”: como não há uma realidade na qual possamos nos apoiar, se eu discordo de você em algum assunto relativo à moral, nunca poderemos saber qual dos dois está certo, pois esse conceito (certo e errado) não existe. Dessa forma, qualquer discussão sobre moral é inócua, pois ainda que cheguemos a um consenso, esse consenso continuará sendo uma mera opinião.
Partindo dessa linha de raciocínio, somos tentados a concluir que nenhuma atitude, por mais que nos pareça errada, é passível de crítica. O problema é que esse raciocínio tem um erro sutil: ele pressupõe a existência de uma moral absoluta. Ora, se não há certo ou errado, como posso dizer que é errado fazer críticas? Portanto, se vejo algo que me parece errado, como um soldado nazista fuzilando um judeu, continuo tendo o direito de criticar. O problema aqui é que não posso exigir que a outra pessoa atenda às minhas críticas. Na verdade, como não há certo ou errado, a outra pessoa não tem o dever moral de analisar, ou mesmo de ouvir minhas críticas. Isso leva à impossibilidade de diálogo, e consequentemente à intolerância.
A outra opção que tenho quando me confronto com algo que me parece errado é aceitar e me calar, pois esses conceitos morais são só meus. Aqui surge um problema: se meus conceitos pessoais de certo e errado não significam nada na realidade (fora da minha pessoa), então por que mantê-los, mesmo para mim mesmo? Que utilidade eles têm? Por que me obrigo a segui-los?
Nesse ponto, já deve ter ficado claro que dentro do relativismo moral os direitos são totais, e inexistem deveres. A própria noção de justiça cai por terra, pois se não há certo ou errado, nada pode ser considerado justo ou injusto. Qualquer discussão sobre assuntos morais é simplesmente irrelevante.
E é aqui que a coisa se complica de forma irremediável: se não há deveres, então não tenho obrigação nem mesmo de agir racionalmente. Absolutamente qualquer coisa que eu pense ou faça é justificável, por mais irracional que possa parecer aos outros ou até a mim mesmo. A consequência, então, é que, na prática, o relativismo moral acaba nos levando às mesmas consequências do relativismo “genérico”: se não tenho compromisso com a razão, qual é a utilidade de buscar a verdade absoluta? Se não é errado acreditar em algo que claramente seja falso, como 2+2=5, então a própria razão é inútil, e a verdade absoluta é totalmente irrelevante.
Conclusão
Assim como o relativismo “genérico”, o relativismo moral torna a razão totalmente inútil, impedindo qualquer discussão séria.
E por fim: se o relativismo moral é verdade, então o fato de ele ser verdade é totalmente irrelevante, pois ele mesmo me exime da obrigação de acreditar nele.
Argumentação
A argumentação pode ser mostrada de forma simples, como uma única premissa, conforme abaixo:
Não há valores (certo e errado) absolutos.
Concordo que apresentar o relativismo moral como uma única premissa é algo muito simplório, e que essa premissa, na verdade, é uma conclusão que segue de alguma outra premissa. Porém, seja qual for a “premissa dessa premissa”, ela será irrelevante para o propósito desse post.
Crítica
Segundo o relativismo moral, todas as ideias morais que temos são apenas opiniões, sem base na realidade. Portanto, a situação fica parecida com a do relativismo “genérico”: como não há uma realidade na qual possamos nos apoiar, se eu discordo de você em algum assunto relativo à moral, nunca poderemos saber qual dos dois está certo, pois esse conceito (certo e errado) não existe. Dessa forma, qualquer discussão sobre moral é inócua, pois ainda que cheguemos a um consenso, esse consenso continuará sendo uma mera opinião.
Partindo dessa linha de raciocínio, somos tentados a concluir que nenhuma atitude, por mais que nos pareça errada, é passível de crítica. O problema é que esse raciocínio tem um erro sutil: ele pressupõe a existência de uma moral absoluta. Ora, se não há certo ou errado, como posso dizer que é errado fazer críticas? Portanto, se vejo algo que me parece errado, como um soldado nazista fuzilando um judeu, continuo tendo o direito de criticar. O problema aqui é que não posso exigir que a outra pessoa atenda às minhas críticas. Na verdade, como não há certo ou errado, a outra pessoa não tem o dever moral de analisar, ou mesmo de ouvir minhas críticas. Isso leva à impossibilidade de diálogo, e consequentemente à intolerância.
A outra opção que tenho quando me confronto com algo que me parece errado é aceitar e me calar, pois esses conceitos morais são só meus. Aqui surge um problema: se meus conceitos pessoais de certo e errado não significam nada na realidade (fora da minha pessoa), então por que mantê-los, mesmo para mim mesmo? Que utilidade eles têm? Por que me obrigo a segui-los?
Nesse ponto, já deve ter ficado claro que dentro do relativismo moral os direitos são totais, e inexistem deveres. A própria noção de justiça cai por terra, pois se não há certo ou errado, nada pode ser considerado justo ou injusto. Qualquer discussão sobre assuntos morais é simplesmente irrelevante.
E é aqui que a coisa se complica de forma irremediável: se não há deveres, então não tenho obrigação nem mesmo de agir racionalmente. Absolutamente qualquer coisa que eu pense ou faça é justificável, por mais irracional que possa parecer aos outros ou até a mim mesmo. A consequência, então, é que, na prática, o relativismo moral acaba nos levando às mesmas consequências do relativismo “genérico”: se não tenho compromisso com a razão, qual é a utilidade de buscar a verdade absoluta? Se não é errado acreditar em algo que claramente seja falso, como 2+2=5, então a própria razão é inútil, e a verdade absoluta é totalmente irrelevante.
Conclusão
Assim como o relativismo “genérico”, o relativismo moral torna a razão totalmente inútil, impedindo qualquer discussão séria.
E por fim: se o relativismo moral é verdade, então o fato de ele ser verdade é totalmente irrelevante, pois ele mesmo me exime da obrigação de acreditar nele.
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