Com um aparelho específico, os pesquisadores calcularam, por amostragem, o número de pés de laranja em duas mil propriedades no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, a maior região produtora do país.
O levantamento do Fundo de Defesa da Citricultura mostrou que a plantação diminuiu 6% em relação a 2015 encolhendo quase 30 mil hectares (27.800). A região de Matão, no centro paulista, foi a que mais perdeu pomares - mais de 6.400 hectares.
O Fundo de Defesa da Citricultura espera uma redução de 18% da safra em relação ao ano passado. Segundo o Fundecitrus, vai ser a maior queda nos últimos 25 anos.
A estimativa é produzir 245 milhões de caixas, mas o calor atrapalhou a produção da fruta. Segundo Juliano Ayres, gerente da Fundecitrus, houve temperaturas muito elevadas. “Tivemos de 3 e 5 graus acima da média histórica durante uma semana em muitas regiões”, afirma. “Com isso, houve abortamento do frutinho, uma queda na fase inicial muito intensa, o que comprometeu o número de furtos por árvore, diminuindo assim a produtividade”, completa.
Em uma fazenda com 14 mil hectares, a colheita começa nos próximos dias - são 3 milhões de pés de laranja. A caixa com 40kg de laranja era vendida em abril por R$14,72 e no mesmo mês do ano passado por R$11.
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