Tempos atrás vivíamos apressados. O dia era corrido a gente entrava no chuveiro e molhava corpo, o famoso banho de gato. Vestia a calça aos pulos já procurando o que comer, e depois a camisa já procurando a mochila. Era como se fosse um triatleta. Tomava uma xícara de café e engolia um pedaço de pão com manteiga. Já tô indo! Repito em minha mente varias vezes: A pressa é inimiga da perfeição. Será que não esqueci alguma coisa?
Isso gerava stress, dor
de cabeça. Atrasado sempre, sempre atrasado. Mas se já está, não há mais o que
fazer. Mesmo assim faço um esforço para me redimir com o tempo. Vou correndo
até o ponto de ônibus. Entro e vou em pé. Aproveito para pensar o caminho com
detalhe, e afirmo: 'Depois que ele passar pela Av. Bandeirantes... o centro
está perto. Dez minutos depois minha mente se revolta: 'Que motorista lento.
Tira o pé do freio. Para toda hora para pegar passageiros e aqui dentro na cabe
mais ninguém. Com meus olhos apreensivos e quase a chorar, olho ao redor e vejo
outras pessoas na mesma situação. Algumas reclamam alto, e fazem parecer que
está demorando mais do realmente está. Pronto, chegamos ao centro.
Meu coração volta aos
batimentos normais, ou seja, sempre acelerado. Há um minuto ele estava quase
parando. Agora mais calmo, olho em volta, presto atenção para atravessar a rua
e vejo os carros passando, motos passando.
Por que... a
maioria vive nesta correria estressante? Logicamente pela necessidade profissional,
pagar as contas, alimentação, cuidar dos filhos... enfim é a vida.
É, vivi este dia a dia
tumultuado. Hoje depois de aposentado... tudo fica mais sossegado, há tempo
para tudo, a gente se torna criança e faz aquilo que gosta... Hoje não devemos
ser ambiciosos e continuar na busca do acumular bens...devemos ter muita calma
para viver melhor.
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