sexta-feira, 13 de maio de 2016

QUEM NÃO DISSE, EM TOM DE VERDADE, UMA MENTIRA?




Todos nós já contamos aquela “mentirinha” inofensiva para nos livrarmos de uma bronca da mulher ou do chefe, por demorar na cerveja com os amigos, ou chegar atrasado ao trabalho.

Apesar de serem contra as regras morais e educacionais da sociedade, estas desculpas podem até ser saudáveis para que treinemos nossa capacidade de jogo de cintura nas agruras do dia-a-dia.

Mas e quando o mentir torna-se hábito e não mais se consiga viver sem que algo escape à verdade?

É normal que as crianças mintam. Esse comportamento fantasioso faz parte do universo infantil, quando o amadurecimento pessoal começa a ser formado.

Porém, o que parece uma atitude ingênua pode tornar-se um problema sério na juventude, quando a pessoa começa a se assumir como indivíduo e passa a sustentar relacionamentos sociais adultos.

A “síndrome de Pinóquio” pode se expressar de duas maneiras. A primeira é a mentira compulsiva, em que são inventadas histórias para livrar-se de problemas. Neste caso há consciência sobre aquilo que está sendo feito, porém, o mentiroso encara o hábito como uma “mentira boa ou inofensiva”.

Já a mitomania, originalmente conceituada em 1905, pelo médico e psiquiatra francês Ernest Dupré, é uma tendência patológica à fabulação. As histórias imaginárias do mitômano são, às vezes, pitorescas, bem concatenadas e induzem à convicção. Quem sofre do mal cria uma realidade paralela tão boa que passa a acreditar que vive nela.

Nota-se que em ambos os casos, no mentir compulsivamente ou patologicamente, há a necessidade de inventar fatos para sentir-se bem e equilibrar o humor. O mentiroso goza das histórias que deixam sua vida mais interessante, agitada e prazerosa e com isso recebe do outro destaque e atenção.

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