quarta-feira, 1 de junho de 2016

BOLA DE FOGO CORTA O CÉU DE VARGINHA-MG E ASSUSTA MORADORES!

01 Junho 2016 | 03h 00 - Atualizado: 01 Junho 2016 | 08h 05






Após três décadas, 'noite ufológica' ainda é um mistério no Brasil




Um clarão no céu de Varginha, no sul do Estado de Minas Gerais, assustou moradores
na noite do domingo, 29. O fenômeno que intrigou muitos se tratava de um bólido, 
pedaço de um meteoro que ao penetrar na atmosfera terrestre se torna muito brilhante,
deixando um rastro luminoso. A luz surpreendeu até mesmo especialistas do assunto,
que equipararam a iluminação do corpo a da lua.
O fenômeno foi flagrado em vídeo por quatro câmeras da Rede Brasileira de
Monitoramento de Meteoros (Bramon), além de outros observatórios de
Minas e do interior de São Paulo. O objeto ganhou a alcunha de "Bólido
de Varginha" e reforçou a mística da cidade em relação a
corpos vindos do espaço.
O pesquisador Carlos Augusto Di Pietro, do Bramon, o objeto foi em direção à
região de Varginha com um ângulo de queda de 97º e praticamente seguiu reto
em direção ao solo da região. "É como se a Lua tivesse despencado do céu", disse.
O fenônemo foi observado também em outras cidades da região e flagrado pelo
Laboratório Nacional de Astrofísica, localizado em Brazópolis (MG).
Pesquisadores acreditam que um fragmento do meteoro pode ter caído na Terra.
O objeto seria maior que aqueles vistos com mais frequência cruzando o planeta.
A luz aparece quando o meteoro atinge a atmosfera da terra em alta velocidade e
se choca com o ar. Análises iniciais apontam que o objeto pode ser restos de uma
esteira de partículas deixada por algum cometa. Ele surgiu a 96 km de altitude
e explodiu a cerca de 28 quilômetros do solo.
Astrônomos agora estão tentando redesenhar o trajeto e localizar os pedaços
do meteoro que podem ter caído em Varginha. Isso apesar de ele ter passado
perto também de municípios como Oliveira (MG) e Santo Antônio de Posse (SP).
Marcelo de Cicco, pesquisador do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e
astrônomo que coordena o Exoss Citizen Science, entidade que estuda meteoros
usando metodologia científica, contou que esta é uma época de bólidos.
Ele ponderou que a probabilidade de algum fragmento ter caído na terra é baixo.
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