06/07/2016
Justiça bloqueia R$ 103 mi de Bernardo e Vaccari
Valor é referente ao total desviado no Planejamento, e medida envolve ainda ex-ministro Carlos Gabas, advogado e lobistas; PT teve as contas desbloqueadas
Curitiba e São Paulo -
O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, responsável pela Operação Custo Brasil, decretou no dia 3 de junho o bloqueio de R$ 102,678 milhões do Partido dos Trabalhadores, do ex-ministro Paulo Bernardo e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso há mais de um ano na Lava Jato. Entretanto, no dia 27 de junho, o juiz mandou desbloquear a conta do Partido dos Trabalhadores (PT) que havia sido alvo da investigação de desvios de recursos de contratos do Ministério do Planejamento.
Vinte e quatro dias depois, verificou que a conta em questão recebia recursos do fundo partidário, o que por lei impediria esse tipo de confisco, e determinou o desbloqueio. Nenhuma outra conta do PT foi bloqueada. O valor refere-se ao dinheiro que teria sido desviado do Ministério do Planejamento em um esquema envolvendo a Consist, também atingida pela determinação da Justiça.
O bloqueio foi feito em caráter solidário, ou seja, a Justiça pode congelar esse valor dos bens de cada um dos acusados. Posteriormente, depois que o caso for julgado e as responsabilidades individuais forem apuradas, o juiz decide quanto cada um dos condenados deve efetivamente pagar.
Também foi determinado o bloqueio de bens do advogado Guilherme Gonçalves (R$ 7,6 milhões), do administrador Marcelo Matam (R$ 7,6 milhões), dos petistas Carlos Gabas e do ex-secretário de São Paulo Valter Correia (R$ 7,2 milhões cada) e Paulo Ferreira (R$ 755 mil), do jornalista Leonardo Atuch (R$ 120 mil) e dos lobistas da Consugred Adalberto Wagner de Souza e José Silício (R$ 34,1 milhões).
No despacho, o magistrado afirma que dois delatores diferentes apontam "Vaccari como uma espécie de mentor do esquema de desvio de dinheiro do caso Consist" e o PT como "principal beneficiário do esquema".
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