É difícil calcular a profundidade da assustadora cratera. Muitos não têm coragem de se aproximar, outros, ao visualizarem a profundidade, sentem calafrios. Diferente do aposentado Eurico Domingues, 72 anos, que conversa tranquilamente à beira do buraco, localizado aos fundos do Jardim Santa Rita, zona oeste de Londrina. Problema que se iniciou há quase uma década, com o rompimento de galerias fluviais. A situação se agravou com as chuvas de 2016, a cratera avançou sobre o bairro e está a poucos metros das moradias.
Devido ao risco iminente, por pouco seo Eurico não se tornou vítima do buraco. "Fui tirar o carro da garagem de casa e esqueci do buraco. Em marcha a ré, só percebi quando uma das rodas do carro caiu", relembra o episódio. "Grande susto. Só não morri porque fui salvo pelos vizinhos, que tiveram que amarrar a corda no carro e me puxar. Foi por pouco", relembra o aposentado.
A cratera está a cerca de 10 metros do portão da casa de Eurico. Para sair de casa, ele ainda tem de passar por uma rua com pouco mais de cinco metros de largura. Qualquer desatenção pode ser fatal. Morando há 40 anos no local, ele acompanhou o avanço da cratera. "Desbarrancou completamente há dois anos. Gostaria que a Prefeitura resolvesse, mas imagino que será muito difícil acabar com essa cratera", comenta o morador. No fundo da cratera estão as caixas de contenção e pedaços de galerias e manilhas que foram destruídas com pelos deslizamentos de terra.
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