Neste momento, experiências estão sendo realizadas no campo da ciência. Pesquisadores brilhantes tentam decodificar os mecanismos do câncer, em busca de tratamentos eficientes e medicamentos mais precisos. Em outro campo do conhecimento, cientistas procuram respostas para a crise global de alimentos que se anuncia em meio às transformações climáticas. Há também profissionais que se dedicam a desenvolver inovações tecnológicas e aplicá-las com o objetivo de promover melhorias para o cotidiano. Entrincheirados nessa linha de frente da ciência global estão brasileiros formados em centros de excelência dos Estados Unidos e da Europa. Eles aproveitaram a oportunidade de ingressar nessas instituições por meio de sistemas de bolsa e intercâmbios, tanto públicos como privados, para expandir seu conhecimento e transformar sua visão de mundo em ambientes com menos burocracia e melhor infraestrutura para realização de pesquisas. Agora, atuam em grupos de estudos de universidades, estão em multinacionais e desenvolvem projetos com ONGs.
De origens diversas e trabalhando em diferentes especialidades da ciência, essesbrasileiros se conectam por meio de redes de contato no exterior, facilitadas por outros conterrâneos que se especializaram nessa tarefa. É o caso de Cristina Caldas, que criou em 2010 um grupo para integrar cientistas brasileiros a partir de reuniões informais feitas em sua casa, na cidade norte-americana de Boston. A rede, batizada de SciBr, cresceu e hoje conecta cerca de 3 mil pessoas em diferentes regiões dos Estados Unidos.“Nas universidades daqui, há uma dinâmica interna bem mais simples”, diz Cristina. “O aluno faz apenas a pesquisa, em vez do trabalho burocrático comum no Brasil.”
A maioria desses profissionais, no entanto, também deseja retornar ao Brasil para compartilhar suas experiências e contribuir para o desenvolvimento de pesquisas científicas de qualidade no país. É o que ocorre com Ricardo Durães, graduado pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador, e que, em 2015, ingressou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT. Desenvolvendo um estudo sobre a evolução do vírus responsável pela gripe, ele se prepara para voltar ao Brasil, onde busca uma bolsa do governo de Pernambuco para pesquisar o zika vírus. “Os investimentos nessas pesquisas estão longe de ser suficientes”, afirma. Conheça, a seguir, mais algumas dessas histórias.
Tamara Bucalo, 27 anos, engenharia aeroespacial
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