Andando pelas margens do Igapó se conhece muita gente. Se há tempo para prosear, ouve-se muitas histórias.
Ontem, dia 19/12, parei para ver
os caras pescando. Eles falam de tudo...de mulher, de futebol, de
política e histórias de pescador.
Walter Rezende, morador de São Luiz, diz que vem pescar no igapó uns
dois dias por semana. Falou: "vou contar uma história e você pode
colocar em seu blog na internet." Será verdade?
Eu sei que o Igapó é perigoso e muito mais à noite, com lâmpadas
fracas. Estava entardecendo, veja como estava o céu( tava com minha
máquina fotográfica, pra mostrar os peixes grandes que pego )...
Será que vem chuva? acho que não! Fui chegando e indo mais para frente para achar um lugar bom de peixe.
Olhei para cima veja que beleza de imagem, mesmo havendo a escuridão?
Confesso que estava com um pouquinho de medo de estar ali sozinho.
Vi mexer a água, pensei seria peixe? Não era apenas gansos nadando...E
continuava com três varas supridas de iscas para buscar peixes...estava
de olho no anzol e em volta para sentir que não havia perigo...
Despertou-me outros barulhos de garças esperando alguns alimentos da pescaria...
Distante avistava um banco, o espelho de água e as luzes que clareavam
um pouco. Confesso que o receio de algum ladrão ou bicho do mato...era
um fato!
Deixei um pouquinho onde pescava, fixei as varas no chão...sentei num
banco e olho para o alto veja que imagem intrigante..."não parece uma
bruxa"... deu-me arrepio.
Saí dali e voltei a fixar a ideia na pescaria. Oba...a linha está se mexendo... Puxei e veio um peixe de uns dois quilos...parece tucunaré!
Saí dali e voltei a fixar a ideia na pescaria. Oba...a linha está se mexendo... Puxei e veio um peixe de uns dois quilos...parece tucunaré!
Foi só guardar o peixe num tamborzinho ouvi uns barulhos esquisitos,
perto da pista da pista de ciclovia... uns sussuros, estalos de folhas
secas, ...Parecia a corrida de um gato-do-mato ou o bater das asas de um
pássaro. Um vento frio de doer, e um silêncio estranho entre um som e
outro.
Estava com um facão na sacola que retirei e fiquei esperto olhando
para todos os lados. Forcei a vista: era difícil enxergar na semi
escuridão do igapó. Seria uma assombração ou um ladrão na espreita para
me pegar. Único objeto de valor que tinha seria a minha bicicleta que
deixei encostada numa árvore...
De repente, abri mais os olhos: não era possível! Devia estar vendo
coisas...Mas não: lá adiante, surge um vulto , ao longe parecia ser um
urso ou macaco..Esfreguei os olhos, olhei de novo: a visagem continuava
lá. Inacreditável, o medo foi tanto que não consegui gritar por
socorro...Não era sombra de tronco, a coisa se movia de um lado para
outro e vindo ao meu encontro. Isto eu estava vendo e fotografei com as
mãos tremendo de medo:
Meu coração disparou. O que seria isto? Parece ALGO ESTRANHO ...gigante?
Mesmo ou pouco à distância, parece que o corpo era coberto de
pelos grossos. Os braços, compridos, balançavam quase tocavam o chão.
Focinho de cachorro-do-mato, orelhas em pé, curtas, de pontas viradas
pra fora.
O coisa parou e ficou me olhando. Eu ajuntei minhas coisas
rapidamente, corri apavorado peguei minha bicicleta e saí em direção a
barragem e tomando rumo de casa. Que seria aquilo que vi? Não é coisa
deste mundo não.
Depois disso, nunca mais fui e não vou pescar no igapó à noite. Foi o maior medo que passei em minha vida.
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