Cadê a paz? Por que o aumento da violência no campo e na cidade? Em nossa Londrina vivemos momentos violentos e os roubos pipocam por várias regiões. O que há?
Não é só em Londrina, também em qualquer pequeno lugarejo, cidades pequenas o povo perdeu a paz.
Lembremos alguns fatos tristes: Era 13 de junho de
2013, o dia em que a polícia militar de São Paulo feriu dezenas de
pessoas, entre elas 15 jornalistas, na manifestação contra o aumento
do preço da passagem de ônibus na cidade. Na Av. Ipiranga o ato seguia
pacífico, com canções e palavras de ordem. De repente, vieram os
primeiros estouros. Por todos os lados, bombas de gás lacrimogêneo
surgiam, atiradas pela PM. Oito policiais da tropa de choque, protegidos
por escudos e capacetes, agrediam um jovem com cassetetes. Em meio à
fumaça e ao barulho, as pessoas corriam desorientadas. Até que um
grupo puxou o grito, clamando para que ninguém revidasse ao ataque:
"sem violência!". A cada bomba, o grito ficava mais forte. "Sem
violência!" O mesmo grito se repetiu em dezenas de protestos no País.
Resistência ativa
A não-violência é uma técnica para atingir um objetivo político sem
o uso de violência física. Por meio de métodos criativos, como
boicotes, passeatas e demonstrações, os manifestantes tentam atingir o
que querem. É, portanto, uma técnica de confronto. Para Kurlansky,
essa é a diferença entre não-violência e pacifismo. "O pacifismo é
inofensivo e mais fácil de aceitar que a não-violência, que é
perigosa", escreveu em Não-Violência: a História de Uma Ideia Perigosa
(Ed. Objetiva). Ele diz que a não-violência foi marginalizada por ser
uma ideia revolucionária, capaz de mudar a sociedade.
Para Martin Luther King Jr, os dois conceitos se confundiam. "Meus
estudos sobre Gandhi me convenceram que o verdadeiro pacifismo não é a
não- resistência ao mal, mas a resistência não-violenta ao mal",
escreveu o pastor em sua autobiografia. Mesmo Gandhi, o mais conhecido
defensor da não- violência no século 20, dizia que era melhor
resistir violentamente do que não resistir. No hinduísmo, submissão
passiva à brutalidade é considerada um pecado.
Jesus era um judeu rebelde, que queria reformar o judaísmo e reforçar o
conceito que considerava mais importante nele: o amor. Para ele, a
saída para os conflitos era amar o inimigo. Em sua filosofia, não
havia lugar para violência. "Jesus não apenas rejeitava a guerra e o
assassinato, mas qualquer tipo de poder. As autoridades viam aquilo como
provocação. Afinal, como pode existir autoridade sem poder?", escreve
Kurlansky. Os primeiros cristãos viviam à margem da sociedade.
Vamos batalhar que haja paz e não violência que nada resolve e tudo pode virar uma bagunça.
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