Depois disso... acreditar em quem?
Registrados em vídeos e divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os depoimentos de executivos da Odebrecht confirmam acusações de corrupção contra o PMDB, o PT e o PSDB, principais partidos do país. Os delatores envolvem nomes de políticos como o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor, além do senador Aécio Neves.
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, afirmou, por exemplo, que Dilma sabia da existência de propina em contratos da Petrobras, alvo principal da Lava Jato.
O empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da companhia, disse que discutia com Lula doações para campanhas políticas do PT.Outro delator garante que participou de uma reunião, em 2010, comandada pelo presidente Temer na qual foi discutida a "compra do PMDB" por US$ 40 milhões.
Segundo os delatores, Aécio recebeu R$ 50 milhões para defender interesses da empreiteira nas obras das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é suspeito de receber “vantagens indevidas” da Odebrecht nas campanhas eleitorais de 1993 e de 1997.
Como define a Folha de S.Paulo, a divulgação dos vídeos da Odebrecht revelou de maneira inédita como funcionava a engrenagem da corrupção no país.
O conteúdo dos vídeos, com as acusações de promiscuidade entre o público e o privado nas últimas décadas, é detalhado nas manchetes dos jornais desta quinta-feira (13).
"Odebrecht complica Temer, Lula, Aécio e Dilma em vídeos”, ressalta a Folha. "A engenharia da corrupção”, sublinha o Globo. "‘Seu pessoal está com a goela muito aberta’”, informa o Estado de S.Paulo.
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