quinta-feira, 21 de setembro de 2017

ESTUDOS MOSTRAM QUE HORÁRIO DE VERÃO NÃO FUNCIONA!






De acordo com estudo do Ministério de Minas e Energia,
a adoção da hora adiantada na época mais quente do 
ano não resulta mais em economia de energia

Estudo mostra que horário de verão não funciona
De acordo com estudo do Ministério de Minas e Energia,
 a adoção da hora adiantada na época mais quente do
 ano não resulta mais em economia de energia

A mudança nos hábitos do consumidor e o avanço da
 tecnologia tornaram inócuo um dos principais objetivos
 do polêmico horário de verão. De acordo com estudo do
 Ministério de Minas e Energia, a adoção da hora 
adiantada na época mais quente do ano não resulta
 mais em economia de energia. A despeito disso, a
 manutenção do horário de verão, de acordo com
 autoridades do setor elétrico, é considerada uma
 “questão cultural”.

A economia de energia entre 17h e 20h ainda ocorre
 atualmente, mas é menor do que o aumento do
consumo verificado durante as madrugadas por
 causa do uso do ar condicionado entre meia-noite
 e 7h. “Antes, o chuveiro era o vilão do setor elétrico.
Hoje, é o ar condicionado”, afirmou o presidente da
 Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
 Elétrica (Aneel), Nelson Leite.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia,
Paulo Pedrosa, disse que, para o governo, a aplicação
do horário de verão se aproxima da neutralidade.
“Mas, para a sociedade, para o trânsito, para a vida
 das pessoas, a impressão é de que o horário de verão
traz mais benefícios”, afirmou.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema
 Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, destacou
 que o horário de verão não serve para reduzir o
 consumo de energia, mas sim para diminuir a
concentração da carga nos horários de pico -
 hoje, há diminuição de 4% nesse período. “Se
 não adotássemos mais o horário de verão, isso
 não seria um problema para o setor elétrico.
 Mas ele traz ganhos inegáveis para o setor de
 turismo e para a população”, disse.

Para Barata, a adoção do horário de verão
 ultrapassa as decisões do setor elétrico.
“Isso é algo além, que entrou na cultura
dos países. Na maioria dos países desenvolvidos,
 existe horário de verão ou inverno, ou até os dois.
E nenhum deles faz isso por economia de energia”,
 disse. “Quero crer que isso vale para o nosso País
 também. O que eu defendo é que essa decisão, de
 manter ou acabar com o horário de verão, não seja
apenas do setor elétrico, mas do governo, do País”,
 acrescentou.

Hora do banho

No passado, o horário de maior consumo de
energia era registrado entre 17h e 20h, quando
 os trabalhadores retornavam para casa e
tomavam banho. Para dar mais folga e
 segurança ao sistema, adiantar os relógios
 em uma hora permitia, por exemplo, adiar
 o acionamento da iluminação pública nas
 ruas - o que adiava parte da demanda e reduzia
 a concentração do uso de energia, o que reduz
custos do sistema elétrico.

No ano passado, de acordo com dados do MME,
 o horário de verão durou 126 dias e gerou uma
 economia de R$ 159,5 milhões ao sistema, ao
 reduzir o acionamento de usinas termoelétricas.
O custo é considerado irrelevante para o setor.
A primeira vez que o País o adotou foi em 1931.
 Desde 1985, ele foi aplicado todos os anos.



Nos países desenvolvidos, o horário de verão é
mais extenso do que no Brasil. Na Europa,
 vigora de março a outubro; nos EUA,
México e Canadá, de março a novembro.


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