Porque Londrina está estagnada apesar de seu potencial. Principalmente na área da saúde.
Londrina está entre os 49 municípios paranaenses com o quadro mais crítico de mortalidade materna, com redução de apenas 22% nas mortes entre 1990 e 2009, de acordo com os dados do Observatório de Sustentabilidade (Orbis). Nos últimos anos, o município conseguiu aumentar o número de consultas de pré-natal na rede de saúde, mas a qualidade do pré-natal ainda não é satisfatória, segundo a supervisora de enfermagem do Hospital Evangélico, Neusa Queiroz de Aquilar.
“Hoje, fazemos de cinco a seis consultas durante gestação, mas isso não diminuiu a taxa de mortalidade materna. As mortes estão geralmente relacionadas ao diagnóstico tardio ou à falta de estrutura hospitalar”, explica.
O Ministério da Saúde recomenda que toda gestante faça, no mínimo, seis consultas de pré-natal. Vanilde Martins, grávida de sete meses, está sendo assistida pelo SUS em Londrina e fez cinco consultas desde que descobriu a gravidez, aos dois meses de gestação. “Todo mês tenho consulta, faço ultrassonografia e está tudo bem. Só paguei pelo exame que mostra o sexo do bebê”, conta.
A previsão é que Jhéssica nasça em setembro, na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai. “Quero que o parto seja lá porque é um bom hospital. Só não vai ser se tiver alguma complicação”, explica Vanilde. O hospital é um dos maiores do estado, referência em aleitamento materno e partos normais.
Preocupado com as dificuldades em atingir a meta da ONU até 2015, o movimento “Nós Podemos Londrina” está mapeando os grupos que trabalham com grávidas voluntariamente na cidade. “Queremos conhecer as necessidades deles e elaborar novas ações”, conta o coordenador do movimento, Luiz Cláudio Galhardi. Além disso, uma atualização dos protocolos de atendimento da rede pública está feita para diagnosticar como o município tem trabalhado o problema.
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