terça-feira, 16 de janeiro de 2018

CATÓLICO PODE SER MAÇOM? ... EXPLICAÇÃO DO PADRE PAULO!!!







Mesmo quando, como já se disse, não houvesse uma obrigação explícita de professar
o relativismo como doutrina, todavia a força "relativizante" de uma tal fraternidade,
pela sua mesma lógica intrínseca tem em si a capacidade de transformar a estrutura
do ato de fé de modo tão radical que não é aceitável por parte de um cristão, "ao
qual é cara a sua fé" (Leão XIII). Esta subversão na estrutura fundamental do ato
de fé, realiza-se, além disso, geralmente, de modo suave e sem ser advertida:
a sólida adesão à verdade de Deus, revelada na Igreja, torna-se simples pertença
de uma instituição, considerada como uma forma expressiva particular ao lado de
outras formas expressivas, mais ou menos igualmente possíveis e válidas, do
orientar-se do homem para o eterno.

Precisamente considerando todos estes elementos a Declaração da Sagrada
Congregação afirma que a inscrição nas associações maçônicas "está proibida
pela Igreja" e os fiéis que nelas se inscreverem "estão em estado de pecado grave
e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão".
Com esta última expressão, a Sagrada Congregação indica aos fiéis que tal inscrição
constitui objetivamente um pecado grave e, precisando que os aderentes a uma
associação maçônica não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão, ela quer
iluminar a consciência dos fiéis sobre uma grave consequência que lhes advém
da sua adesão a uma loja maçônica.

A Sagrada Congregação declara por fim que "não compete às autoridades
eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações
maçônicas, com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido".
A este propósito o texto faz também referência à Declaração de 17 de
fevereiro de 1981, a qual já reservava à Sé Apostólica todo o pronunciamento
sobre a natureza destas associações que tivesse implicado derrogações da lei
canônica então em vigor (cân. 2335).

Do mesmo modo o novo documento emitido pela S.C.D.F. em novembro
de 1983, exprime idênticas intenções de reserva relativamente a
pronunciamentos que divergissem do juízo aqui formulado sobre a
inconciliabilidade dos princípios da maçonaria com a fé católica, sobre
a gravidade do ato de se inscrever numa loja e sobre a consequência
que daí deriva para se aproximar da Sagrada Comunhão. Esta disposição
indica que, apesar da diversidade que pode subsistir entre as obediências
maçônicas, em particular na sua atitude declarada para com a Igreja,
a Sé Apostólica nota-lhes alguns princípios comuns, que requerem uma
mesma avaliação por parte de todas as autoridades eclesiásticas.

Só Jesus Cristo é, de fato, o Mestre da Verdade e só n’Ele os cristãos podem
encontrar a luz e a força para viver segundo o desígnio de Deus, trabalhando
para o verdadeiro bem dos seus irmãos."

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