A máxima de que o inocente paga pelo pecador está evidente em várias ruas do Jardim do Sol. O tradicional bairro da região oeste sofre com o desleixo daqueles que parecem desconhecer a Lei e ignoram o direito do outro. Reportagem do NOSSODIA flagrou diversas infrações, passíveis de notificação e multa e também ouviu moradores asseados, que não se conformam com a falta de educação alheia.
É tanta tranqueira largada na porta de algumas casas que a má impressão é a que fica. Resto de móveis, de material de construção, colchão velho, aparelhos de televisão, roupas, latas de tinta e até lixo orgânico. Ao circular pelas ruas Via Láctea, Mercúrio, Lua, Sagitário, entre outras - a sensação é de abandono. Calçadas tomadas de sujeira, limitam a passagem e há até carros, uns estacionados, outros abandonados e que causam indignação em quem conserva a porta da própria casa em ordem e vai além, dando ao bairro uma cara boa a quem chega ou vive por ali.
Moradora da mesma casa há 47 anos, a diarista Jane Romagnolli dá bom exemplo e considera amistosa a relação com a vizinhança. A calçada é varrida diariamente e as folhas que colorem o chão não são incômodo. "É uma pena que uns não se preocupam principalmente por causa da dengue, mas a gente faz a nossa parte", diz.
Desconte com a "paisagem" bem em frente à própria casa, a aposentada P.M., 76 anos, prefere não se identificar. "Além de tanta sujeira, tem muita prostituição, tráfico e briga." Há mais de meio século a aposentada vive no bairro e lamenta: "A gente só fica porque não tem para onde ir. É a única casa que tenho." Sobre o descaso com a limpeza dos quintais e até mesmo fachadas, ressente-se: "Eu já tive dengue. Se pegar de novo, é mais perigoso ainda", teme.
Aterrorizados com a quantidade de lixo e entulho em um terreno na rua Sagitário, altura do número 200, moradores pedem providências para que o proprietário se responsabilize pela área. Há móveis deteriorados, lixo orgânico, reciclável, caixas e objetos que se tornaram indefiníveis pela ação do tempo e garrafas plásticas. "Queimam até fio roubado e na hora do almoço é terrível, as moscas vem para nossa casa", diz uma moradora.
(Walkiria Vieira/NOSSODIA)
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