Por Evelise Gaio
No século XVIII, Jean Jacques Rousseau
publicou Emílio, ou da Educação,
que se trata de um romance pedagógico,
contando a educação de Emílio.
Rousseau partia do pressuposto de que o homem
nascia naturalmente bom
e que a sociedade é quem o corrompia, tornando-o mau.
Seu principal
objetivo é evitar que a criança se torne má e fazer com seja um
adulto bom.
Na época em que Rousseau vivia não se
tinha a ideia de criança, apenas
de que essas eram “pequenos” adultos; a
punição era a mesma para ambos.
De acordo com seu texto, não se conhecia a
infância, “eles (homens)
procuram o homem na criança, sem ao menos pensar no
que ela é
antes de ser homem”. Para ele, a criança deveria ser entendida em sua
complexidade, ou seja, por suas próprias características.
Sob esta perspectiva, para Rousseau,
quem separa o adulto da criança
é a educação. Seu principal foco é a
valorização da criança como
criança e, para ele, a educação é o principal meio
de valoriza-la.
Ela deve ser tratada como criança, porém não em excesso, pois o
excesso para ele é “manha”.
Rousseau defende a ideia de se educar
diferentemente os homens das
mulheres. Para representar isso em seu texto,
propõe exemplos e
Emílio e Sofia, em que as mulheres devem ser criadas foras
dos
preceitos da razão, pois estas nasceram para serem submissas ao
marido,
criadas para o casamento e maternidade, não
apresentando possibilidades de
aprender conceitos científicos.
Já o homem fora criado para ser forte e rico,
devendo receber
instrução científica. Educado desta forma, Emílio será um
cidadão capaz de assumir e aceitar as exigências impostas pela
sociedade sem
que se sinta oprimido.
Em Emílio, Rousseau critica fortemente
a educação tradicional
da época, pois esta era muito racionalizada, muito
técnica e muito
impositiva. Devido a isso, nota-se o porquê de Rousseau ser
considerado o pai da educação, uma vez que este realmente
leva a sério a
criança e reconhece a importância desse
estágio. Inicia-se então, uma pedagogia
voltada e centrada
na criança, não mais a reconhecendo como adulto, mas
sim na
sua essência, na sua felicidade e na sua liberdade
como criança.
No texto, Rousseau afirma que tudo o
que não se tem quando
se nasce (juízo, força, assistência) e do que se
necessita quando
crescidos, é dado pela educação e que apenas essa pode
modificar
o homem.
Percebe-se que o principal foco da obra
Emílio é o de como
educar uma criança. Para Rousseau, deve se dar ênfase à
educação
desde o nascimento, pois ela nasce “pura” quem o modifica é a
sociedade, e como dito acima, apenas a educação tem esse poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário