quinta-feira, 21 de junho de 2018

VEREADOR E MAIS SEIS PESSOAS VÃO RESPONDER POR SUPOSTO DESVIO DE VERBAS !








O juiz Alexandre Afonso Knakiewicz, da Vara Criminal de São Jerônimo da Serra (Norte Pioneiro), acatou a denúncia de peculato (quando o funcionário apropria-se de dinheiro ou valor em razão do cargo), falsidade ideológica e associação criminosa, além de outros crimes, contra o vereador Gilmar Rocha e mais seis pessoas, dentre contadores e uma servidora comissionada da Câmara Municipal. Todos são acusados do Ministério Público de utilizarem recursos do Legislativo para a realização de serviços particulares. 

Para o promotor Danilo Leme, os possíveis abusos ocorriam pelo uso indevido de senhas dos funcionários para movimentação da conta bancária da Câmara de São Jerônimo da Serra. Conforme a denúncia, Gilmar Rocha contratou uma empresa contábil de Gilmar Corrêa, outro denunciado no processo. Junto com outro sócio, eles determinavam que os contadores ocultassem detalhes dos repasses financeiros dos relatórios.O MP suspeita que as irregularidades tenham acontecido entre janeiro de 2017 e maio deste ano, totalizando um desvio de R$ 59 mil. Para se ter uma ideia, a investigação descobriu que uma das transferências, orçada em R$ 230, teria pago a instalação de uma antena parabólica na casa de Rocha. Em outro caso, uma nota fiscal teria sido emitida para a venda de um CPU e manutenção de uma impressora pertecente à Câmara, mas os serviços de R$ 280 não foram prestados.

Assim que soube da deflagração da Rei de Paus, como a operação realizada em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) foi batizada, Gilmar Rocha teria realizado reuniões com outros vereadores para tentar despistar os olhos do MP. Ele e os seis réus têm 10 dias para questionar as acusações na Justiça. Todos respondem em liberdade. 

A apuração forçou o novo presidente da Câmara de São Jerônimo da Serra, Josias Bueno Ribeiro, a rescindir o contrato G.C. Escritório Contábil, de Gilmar Corrêa. O contrato foi rompido no início de junho.
Rafael Machado
Grupo Folha

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