terça-feira, 7 de agosto de 2018

ESTÃO ERRADICANDO ÁRVORES NO BOSQUE CENTRAL DE LONDRINA!






                      Quem passou hoje pelo Bosque Central de Londrina ouviram o barulho das 
motosserras usadas pela equipe da Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) para cortar 
árvores condenadas ou exóticas do Bosque. 
                   Dava dó de ver este quase crime contra a natureza. Os funcionários estavam executando o plano de manejo do parque municipal e tem o objetivo de eliminar, em duas semanas, em torno de  50 árvores exóticas que não 
fazem parte do vegetação nativa da região. 
                     Além disso, serão erradicas até dez árvores nativas que estão condenadas e podem apresentar riscos de queda.  
        As informações foram passadas pelo   engenheiro agrônomo Marcos Vinícius Tersariol, diretor operacional da Sema,que está acompanhando os trabalhos.
A operação foi autorizada pelo IAP(Instituto Ambiental do Paraná). 




"Estamos avaliando as condições de cada uma delas antes da erradicação, considerando principalmente os riscos que oferecem a quem passa pelo local, Vamos retirar todas as árvores que apresentam problemas", afirmou. A prioridade do trabalho é a retirada das árvores que estão nas bordas do Bosque, próximas à rua. A equipe inclusive iniciou o trabalho no ponto onde uma agente da Zona Azul foi atingida por um galho em dezembro do ano passado e não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. 


Entre as árvores exóticas que serão retiradas, há mangueiras, ameixeiras e eucaliptos, como é o caso de duas árvores gigantescas que ficam no limite da rua Pará. "Cada eucalipto tem 40 metros de altura, há uma preocupação que caiam na rua. Não são árvores nativas da região", justificou. Segundo ele, a retirada dessas espécimes vai favorecer que as outras plantas consigam se desenvolver de forma mais saudável. 


Já as espécies nativas só serão retiradas se estiverem com problemas fitossanitários, como fungos, broca ou até mesmo "injuriadas" por terem sido atingidas por outras árvores. "Os casos de cupim serão avaliados, pois é possível controlar", afirmou. Em seguida, o plano de manejo prevê o plantio de novas espécies nativas para diversificar a flora do local. 


Tersariol informou que, após o manejo do Bosque, as duas equipes da Sema disponíveis para o serviço farão a erradicação de 20 árvores condenadas no Lago Igapó 2. Além disso, há em torno de 300 árvores que precisam ser retiradas de fundos de vale. "É uma ação de eliminação de riscos", apontou. 


Outra demanda da Sema é a erradicação de um passivo de 3 mil árvores por solicitação da população. De acordo com o diretor, todas essas plantas já foram avaliadas e precisam ser eliminadas, mas não há mão de obra o suficiente para realizar o serviço. A Sema deve abrir em breve uma licitação para contratar terceirizados para o trabalho. Após a finalização do processo, Tersariol acredita que serão necessários pelo menos dois anos para dar conta da demanda. 


POLÊMICA 


A erradicação das árvores do Bosque divide a opinião da população. Em enquete realizada pela FOLHA nas redes sociais, 59% dos pessoas que responderam disseram ser contra o corte das árvores. Essa é também a opinião da empresária Celia Roelis. "Fico com pena de cortarem uma árvore tão antiga. Não acredito que esteja condenada, deveriam cuidar antes de adoecer e plantar ao invés de tirar", opinou. 


O pedreiro Valdir de Oliveira também avaliou que o corte não era necessário. "Ao invés de cortar, deveriam plantar. O bosque é um local que precisa ter muitas plantas", afirmou. Já o pintor Francisco Serola defendeu o trabalho da Sema. "Acho ótimo que estejam cortando as árvores. Elas podem cair e atingir alguém, como já aconteceu", lembrou. A solução, para ele, é retirar as plantas doentes e substituir por árvores saudáveis.





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