terça-feira, 9 de outubro de 2018

ANOS 60 : A DÉCADA DOS FESTIVAIS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA!



Década de 1960 • a era dos festivais Mú­sicos ligados à bossa nova iniciam um movimento de revalorização do samba tradicional e da temática dos morros. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson Cavaquinho. Em 1962, o Festival de Bossa Nova realizado no Carnegie Hall, em Nova York, dá projeção internacional ao gênero.

Na mesma época, Celly Campello torna-se a primeira estrela nacional do rock, com os hits Estúpido Cupido e Banho de Lua, que levarão ao movimento chamado de jovem guarda.

Em 1965, a TV Excelsior realiza o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Em 1966 e 1967 são feitos outros dois pela TV Record, ambos em São Paulo. De 1966 a 1972, a TV Globo realiza o Festival Internacional da Canção, no Rio. Esses festivais revelam ao público músicos como Edu Lobo, Chico Buarque, Milton Nascimento e Elis Regina.


A Record é palco da estreia do programa Jovem Guarda, que batiza o estilo. Com uma sonoridade próxima à do rock e letras descontraídas, a jovem guarda vira sucesso entre os jovens e destaca Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Jerry Adriani, Ronnie Von e Vanusa.


O tropicalismo surge no Festival da Record, em 1967, com os baianos Caetano Veloso (concorrendo com Alegria, Alegria) e Gilberto Gil (com Domingo no Parque). As guitarras de rock na apresentação causam rejeição de parte significativa do público.

Como a plateia é constituída, sobretudo, de universitários, e os festivais aparecem como um espaço cultural de resistência ao regime militar, a guitarra é vista como apoio à cultura vinda dos Estados Unidos. A polêmica se estende nos meses seguintes com uma contraposição entre o uso de violão e o de guitarra.

O disco manifesto Tropicalia ou Panis et Circencis (1968), com a presença de Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes e do maestro Rogério Duprat, traz referências ao cantor Vicente Celestino, ao rock e à bossa nova e reafirma a posição do grupo sobre a falsa oposição entre as formas supostamente “puras” da música brasileira e as influências do pop internacional.

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