Para o estudo foram consideradas apenas mulheres entre idades de 65 e 99 anos, que foram monitoradas por cerca de quatro anos e meio. Elas usavam durante todo o dia um aparelho de medição chamado acelerômetro, enquanto realizavam suas atividades diárias.
Constatou-se que 30 minutos de atividade física leve por dia, diminuiu o risco de mortalidade em 12% das voluntárias, enquanto as que realizaram 30 minutos de atividade moderada, como andar de bicicleta em ritmo calmo ou caminhada rápida, apresentaram um risco 39% menor.
“Melhorar os níveis de atividade física leve e moderada pode ser quase tão eficaz quanto um exercício regular rigoroso de prevenção de uma doença crônica importante", disse Andrea LaCroix, PhD, autora sênior do estudo e professora do Departamento de Medicina Familiar e Saúde Pública da UC San Diego. “Não precisamos correr maratonas para nos manter saudáveis. O paradigma precisa mudar quando pensamos em ser ativos”.
“Muito do que fazemos diariamente pode melhorar nossa saúde, como caminhar até a caixa de correios, passear pelo bairro, dobrar roupas e arrumar a casa. Atividades como essas são responsáveis por mais de 55% do número de indivíduos mais velhos que são ativos”.
O estudo também descobriu que o benefício da atividade física leve se estendeu a todos os subgrupos examinados, incluindo diferentes origens raciais e étnicas, mulheres obesas e não obesas, mulheres com alta e baixa capacidade funcional e mulheres com idade acima de 80 anos.
“As pessoas mais velhas gastam mais energia fazendo os mesmos tipos de atividades que faziam quando mais novas, então seu movimento diário tem que acomodar isso”, disse LaCroix. “Pense em isso como tomar uma pílula (nível de atividade) em doses diferentes (quantidade de tempo) dependendo da idade do paciente. Não é algo único para todos”.
As diretrizes atuais de saúde pública mundial recomendam um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana para adultos, enquanto que para pessoas com 65 anos ou mais, isso deve ser seguido no grau que suas habilidades e condições permitam.
“Nosso estudo mostra que, pela primeira vez usando atividade física leve medida pelo dispositivo em mulheres mais velhas, há benefícios de saúde em níveis de atividade abaixo das recomendações da diretriz”, disse LaCroix. “Quando nos levantamos do sofá e da cadeira e nos movemos, estamos fazendo boas escolhas e contribuindo para a nossa saúde”.
O estudo foi publicado no periódico Journal of the American Geriatrics Societ.
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