segunda-feira, 6 de maio de 2019

"COMO VIVER DE LITERATURA EM LONDRINA" NA UEL, HOJE, ÀS 16 HORAS!



Três representantes da nova geração de escritores londrinenses se reúnem nesta segunda-feira (6) para debater o tema “Como Viver de Literatura em Londrina”. O bate-papo que contará com a presença de Felipe Melhado, Felipe Pauluk e Renato Forin Jr. acontece às 16 horas, sala 126 do Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O evento integra o programação da 15ª edição do Londrix.

Nesta conversa, os escritores vão propor uma reflexão que vai além do viés financeiro. Para Felipe Melhado, jornalista e editor da Grafatório Edições, viver de literatura pode ser pensada sobre outra perspectiva, que não essa de pagar as contas. “Fazer da literatura aquilo que organiza a existência, num sentido subjetivo, ético, afetivo, isso é algo mais acessível, pelo menos teoricamente. Ter uma relação intensa, se deixar formar por aquilo que você escreve, lê ou edita, é uma estratégia muito interessante para constituir a si mesmo como sujeito. Para mim, que nunca me sustentei editando meus próprios livros, esse parece ser um significado mais potente da expressão ‘viver de literatura’", conclui.

Para o jornalista Renato Forin, prêmio Jabuti com o livro "Samba de uma Noite de Verão", o tema proposto pelo Londrix tem um sentido duplo, ambíguo: “nós vivemos de literatura porque estar em contato com as palavras poéticas é uma espécie de alimento estético, de necessidade inarredável. No meu caso, a palavra é a matéria-prima da profissão de jornalista mas, mais que isso, é o centro dos trânsitos que opero na criação, entre várias artes”, explica.

Renato Forin Jr.:“Vou falar justamente sobre a necessidade dos editais para que o livro possa ganhar materialidade”
Renato Forin Jr.:“Vou falar justamente sobre a necessidade dos editais para que o livro possa ganhar materialidade” | MarikaSawaguti/ Divulgação

















Forin Jr. diz não viver de literatura no sentido profissional, mas jamais quer deixar de viver neste universo de expansão de pensamento que o livro propicia. “Vou falar justamente sobre a dificuldade de ter uma vida dupla para conseguir produzir arte e a necessidade dos editais para que, apesar de todas as dificuldades, pelo menos o livro possa ganhar materialidade”.
Felipe Pauluk, que lançou seu primeiro livro em 2011, ressalta que fazer arte em geral é dificultoso no país. “A literatura é o primo pobre de tudo isto. Não gosto de fazer melodramas com o assunto, creio que todo mundo já está um pouco de saco cheio de escritor chorando nas redes, ‘meu deus, ninguém me lê’. Eu consegui um certo reconhecimento criativo, por causa da literatura. Hoje trabalho com roteiros, textos e outras coisas que envolvem redação, mas mais voltado ao lado criativo do que ao literário propriamente dito”, diz o escritor que lançou seu primeiro livro em 2011.
Para ele, a ideia deste debate é expor a real situação da literatura e mostrar aos presentes as dificuldades “destes caminhos de espinho”, para quem realmente quer viver de literatura. “Por outro lado é incentivar a criação por amor, por dom e paixão, se no princípio de tudo você não tem isto, guarde sua canetinha e caderno e tente outra coisa na vida”, sugere.

Felipe Pauluk: “A literatura é a prima pobre de tudo, mas não gosto de fazer melodramas com o assunto”
Felipe Pauluk: “A literatura é a prima pobre de tudo, mas não gosto de fazer melodramas com o assunto” | Divulgação
















O Londrix é realizado pela Atrito Arte Artistas e Produtores Associados (AARPA)e conta com patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), Secretaria Especial da Cultura e Ministério da Cidadania.
Serviço:
Debate - “Como Viver de Literatura em Londrina”
Quando – Segunda-feira (6), às 16 horas
Onde – Sala 126 do Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Quanto – Gratuito

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