EM LONDRINA E REGIÃO
A Polícia Civil de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) deflagrou, nesta terça-feira (30), a primeira fase da Operação Barracão, que apura a articulação de uma organização criminosa especializada em receptação e adulteração de veículos roubados.
Segundo o delegado-adjunto da 22ª SDP (Subdivisão Policial) de Arapongas, Ricardo Jorge, no último dia 4 de abril investigadores foram informados de que um veículo roubado no Rio Grande do Sul chegaria a Sabáudia.
Num barracão utilizado para adulterar os chassis e a documentação de veículos. No barracão, foram encontradas duas carretas, uma com as placas e o chassi já adulterados, e outra com placas falsas, que haviam sido roubadas em Santa Catarina. Também havia maquinários no local. Seis pessoas foram presas. “Apuramos que o barracão poderia pertencer às pessoas presas em flagrante”, explicou o delegado. Um homem se identificou como proprietário do maquinário, mas os policiais apuraram que ele era o dono do barracão, que estava em nome de laranjas. “Ele foi preso em flagrante por receptação, ocultação e organização criminosa”, contou Jorge. O homem preso é apontado como um dos líderes da organização criminosa.
A Operação Barracão contou com o apoio da DPI (Divisão de Polícia do Interior) de Curitiba e de outras divisões da corporação, mobilizando mais de 80 policiais civis. “Realizamos um busca documental, uma busca de provas para apreender documentos, computadores e celulares que vão ser analisados para juntar aos inquéritos já instaurados”, disse o delegado. Na operação, os policiais também conseguiram prender um dos foragidos. “É uma quadrilha especializada, com ramificações, e a Polícia Civil vai continuar desenvolvendo esse trabalho para acabar de vez com essa quadrilha”, disse a delegada-adjunta da DPI, Vanessa Alice.
Desde o início do mês, foram apreendidos nove carros, cinco motos, dois caminhões, um jet ski e pneus, além de material para adulteração de chassis. Por enquanto, três ações penais foram abertas. “O objetivo é apurar a materialidade e a autoria delitiva dos crimes.”
Os presos estão na Cadeia Pública de Arapongas e irão responder por receptação qualificada, adulteração de veículo, lavagem de capital, entre outros delitos. “Vamos averiguar a procedência dos veículos e identificar eventuais adulterações. Mesmo que não sejam produtos de furto e roubo, podem ser produto de lavagem de dinheiro, adquiridos de forma ilícita.”
O delegado também não descarta a existência de braços do esquema em outras cidades. “é possível que a organização tenha braços em outras cidades, inclusive cidades onde não aconteceram operações hoje porque a carga de uma das carretas roubadas que estavam no barracão foi localizada em fevereiro em uma chácara em Rolândia”, disse Jorge.
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