Evangelho do 25° Domingo do Tempo Comum - Ciclo C (22/09/2019) que corresponde ao texto bíblico de Lucas 16,1-13.
O evangelho deste domingo dá margem a toda uma série de questionamentos. Será que somos tão espertos nas “coisas” de Deus como somos com as nossas coisas? Somos tão astutos no serviço ao Reino como somos para com nossos interesses? Somos criativos no anúncio do evangelho como somos no empenho por manter nosso prestígio, vaidade e poder?...
A parábola narrada por Lucas é tremendamente provocativa: é como se Jesus estivesse nos colocando frente a um autêntico dilema de nossa vida; ou, é como se Ele estivesse nos despertando para tomar consciência de quem controla nossa vida; ou, é como se Ele nos sacudisse para cair na conta de quem somos em seu projeto e em seu sonho; ou, ainda, é como se Jesus estivesse nos animando a viver o dia-a-dia com sagacidade e sabedoria em vez de nos acomodar em uma ou outra margem de nossa vida. Embora, no Sermão das Bem-aventuranças, Jesus tenha declarado que o Reino dos céus é dos humildes e simples, no entanto, este Reino não pode ser construído com ingenuidade, pois “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz.
Mas, o que acontece quando está em jogo a luz que somos? Que fazemos com o melhor que há em nós mesmos? Onde está nossa sagacidade para investir a vida em favor da vida? Onde está nossa sabedoria para que o Reino atraia, seduza, mobilize...?
Devemos nos perguntar se não é tempo de sermos tão criativos e ambiciosos, no bom sentido da palavra, quando se trata de questões do Reino como quando se trata de questões de negócios.
Não se pode servir a dois senhores com pretensões e atitudes radicalmente opostas. É impossível sentir-se bem com os dois. E isso é o que acontece entre Deus e o dinheiro.
Não se trata, pois, da oposição entre Deus e um objeto material, mas da incompatibilidade entre dois deuses. Servir ao dinheiro significa que toda nossa existência está orientada à acumulação de bens materiais; é buscar, como objetivo de vida, a segurança que as riquezas proporcionam; significa que colocamos no centro de nossa vida o ego e o impulso para potenciá-lo o máximo possível.
Como seguidores(as) de Jesus, nossa presença nesse mundo faz diferença? Qual deveria ser nossa esperteza e nossa astúcia?
Na parábola de hoje, Jesus não justifica a injustiça do mal administrador; justifica a astúcia que tinha para buscar uma saída ao ser despedido da administração.
“Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13)
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