quinta-feira, 24 de outubro de 2019

MINEIRO É FELIZ E PERGUNTA: JÁ VIU ALGUÉM TRISTE COMENDO QUEIJO?

                                       Para o mineiro tudo isto representa um "tesouro"...
                                     dinheiro não compra felicidade ... mas compra queijo!





Do internauta mineiro de Guaxupé Roberto Rezende ao Blog do mineiro Osvaldo.



Mineiro longe das montanhas é sempre reconhecido pelo sotaque. Até quando diz “alô”, ao telefone, o interlocutor percebe que está conversando com um cidadão natural das Alterosas, que fala “trem” e “uai”. Mas a identificação vai mais longe. Quando alguém nota que está conversando com um mineiro, dá logo um jeito de contar uma piada que tem um conterrâneo como personagem e que, quase sempre, tem queijo no meio. Então, a associação de mineiro com queijo é indissolúvel. É por isso que a discussão atual sobre o queijo minas artesanal, aquele feito com leite cru, cresce tanto de importância. Aliás, não é justo dizer que os queijeiros não sabem o que fazer, porque, se tem uma coisa que eles fazem muito bem, há séculos, é queijo saboroso. Mas novos ingredientes entraram na receita. A preocupação das autoridades com as condições sanitárias é meritória. Em tempos modernos, não dá para deixar produto contaminado ou inadequado para o consumo em bancas de mercados. Esse é um lado da história, mas há outros. Na outra ponta, os produtores, que sabem fazer queijo muito bem, não têm ideia de como vão fazer para atender às exigências da legislação. Eles não podem parar de fazer queijo, porque precisam da renda; eles não podem parar de vender queijo, porque há gente interessada em saborear a iguaria; e as autoridades sanitárias, de sua parte, não podem ficar de braços cruzados. Nas exigências,além de vacinas, de controles sanitários e até de especificações para o rótulo do produto, há uma análise laboratorial microbiológica e físico química da água e do queijo. Se aqui no texto a exigência é difícil de entender, imaginem para um produtor da agricultura familiar. É grego, esperanto ou javanês. Se ele pudesse, seria mais fácil fechar o botequim, ou melhor, abandonar a queijaria e passar a cantar em outra freguesia. Mas, em que outra freguesia, se ele só tem aquela?

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