sábado, 4 de janeiro de 2020

SENTADO NO BANCO DO CALÇADÃO... CADÊ OS MEUS CONHECIDOS?



    Em tempos passados... lembro-me como se fosse ontem, em horas de folga, encontrava e sentava num banco da praça ou do calçadão de Londrina e como um milagre, surgiam alguns conhecidos para uma boa prosa e o papo corria solto e agradável. Ontem estava pensando quando caminhava ali, dando uma olhada no comércio da praça, vendo algumas vitrines e pensei: Cadê as pessoas conhecidas? Aonde estão? Dá impressão que todos foram para ao exterior ou estão noutra região celeste inatingíveis por nossos olhos e abraços. Sentei-me defronte a loja Casas Pernambucanas, e observava o vaivém de pessoas todas desconhecidas. Será que não verei nenhum conhecido? Realmente não vi ninguém que conhecesse e dissesse um alô. Comecei a pensar. Muitos conhecidos idosos estão em seus recantos... ficamos contentes quando os vemos e trocamos algumas palavras. Cadê os conhecidos? 
Eu e você precisamos aceitar o fato que nos sentimos sozinhos – talvez numa multidão, mas você na realidade não está só, vivendo só; certeza de companhia sua esposa, marido, namorada, namorado. Cuide-se, viva enquanto há vida. Distraia-se e não se isole. Participe de uma comunidade e viva em felicidade.
Que você possa viver com alguém por vinte anos, trinta anos, cinquenta anos – não faz nenhuma diferença, vocês irão permanecer estranhos. Sempre e sempre vocês serão estranhos. Aceite o fato de que somos estranhos; que não sabemos quem você é, que você não sabe quem eu sou. Eu mesmo não sei quem sou, então como você pode saber? 


É a realidade, sente-se num banco do calçadão ou de uma praça, se você for reconhecido por muitas pessoas, ainda não é alguém perdido na multidão! É a vida passa e alguns amigos passaram para o andar de cima. Saudades de vocês!!!

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