AMEAÇAS À NATUREZA EM LONDRINA:
CÓRREGO DOS TUCANOS E RIBEIRÃO CAMBÉ!
Como está nossa região de Londrina ? Sendo preservada no meio ambiente e dos impactos negativos da ação do homem sobre ele?
Em Londrina há muitos problemas problemas ambientais, muitos pontos merecem ser revistos tanto pelos governantes quanto pela população para que os impactos sejam diminuídos. Se nada for feito, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante de biodiversidade poderão alterar consideravelmente o modo como vivemos atualmente, comprometendo, inclusive, nossa sobrevivência.
Exemplos :
Havia este PLANO DE
RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL DO
FUNDO DE VALE
DO CÓRREGO
TUCANOS. Aproximadamente 1505m
lineares de fundo de vale,
delimitados entre as ruas
José Garcia Domingues,
Jardim São Paulo e Almeida
Garret, Jardim Igapó, região
Sul de Londrina.
“Plantar uma árvore é celebrar a vida”...
“...é um gesto de partilha” (anônimo)
Londrina, junho de 2012
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ÍNDICE
1. Introdução 3
2. Caracterização da área 7
3. Diagnóstico ambiental 14
4. Objetivos gerais 28
5. Plano de restauração ambiental – metodologia 30
6. Relação de espécies arbóreas nativas para a
restauração da mata ciliar, APP e AFV 50
7. Técnicas de plantio 63
8. Descrição dos custos totais por etapa de
execução do plano de restauração ambiental 69
9. Metodologia a ser aplicada para os serviços de
manutenção periódica deste fundo de vale 70
10.Bibliografia consultada 71
Anexo I - Descrição operacional e orçamentária para a
restauração ambiental do fundo de vale do córrego
Tucanos
74
Anexo II - Cronograma de execução físico-financeiro 80
Anexo III - Academia ao ar livre – orçamento 85
Anexo IV - Parque infantil – orçamento 86
Anexo V - Tabela SINAPI - composição do custo de
confecção e instalação de lixeiras em latão reciclado,
fixadas em palanques de eucalipto imunizado
87
Anexo VI - Custo de manufatura de placas de identificação
de mudas em chapa de aço galvanizado e suporte em
tubo de aço galvanizado de 1"
88
Anexo VII - Composição de custos para a edificação de
uma passarela para pedestres, em eucalipto imunizado
(tipo pinguela), sobre o córrego tucanos
89
Anexo VIII - Composição de mão-de-obra de jardinagem
(capina, roçagem, adubação, plantio de mudas e tratos
culturais)
90
Anexo IX - Cerca de eucalipto imunizado em arame liso –
composição de custos 91
Anexo X - Composição de mão-de-obra para a edificação
de cercado no fundo de vale do córrego tucanos 92
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PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE
DO CÓRREGO TUCANOS
1. INTRODUÇÃO
As florestas ciliares urbanas, apesar de serem consideradas áreas de
preservação permanente, protegidas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei nº
7.771 de 15 de novembro de 1965), em geral sofrem intensa pressão antrópica.
Com o processo de colonização de Londrina, áreas ao longo dos
córregos e ribeirões foram severamente modificadas, devido a retirada de
recursos naturais (madeira de lei), abertura para a formação de pastagens e
áreas agrícolas, agravado pela dinâmica da expansão urbana.
Como resultado, apenas pequenos fragmentos permaneceram ao longo
das margens dos corpos hídricos, caracterizados como fundos de vale,
formando um mosaico de ambiente urbano e de remanescentes florestais,
interligados por estreitas faixas de Floresta Ciliar.
Como conseqüência desta ocupação cada vez maior das florestas
ciliares, os remanescentes florestais estão se tornando cada vez mais isolados,
sendo necessária a elaboração de planos e estratégias para a conservação da
biodiversidade.
Os modelos de corredores ecológicos podem ser ferramentas que
venham a interligar os elementos da paisagem urbana, tais como parques,
reservas ecológicas e remanescente florestais, aos elementos da paisagem
rural de Londrina, favorecendo o desenvolvimento da fauna e a conseqüente
dispersão de sementes via ornitocórica / zoocórica.
“Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de
recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência” (Martins,
2001), neste contexto, a restauração ambiental dos fundos de vale de Londrina
é de extrema importância ao restabelecimento das condições de equilíbrio,
sustentabilidade e integração dos corredores ecológicos junto à bacia
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hidrográfica do rio Tibagi, aproximando-os dos sistemas naturais outrora
existentes e promovendo a sua contínua reprodução.
O Município de Londrina possui uma rica rede pluvial, formada por nove
bacias hidrográficas (sub-bacias). Destas, cinco encontram-se em área urbana,
alimentadas por cerca de oitenta e quatro córregos. Há ainda outros cursos
hídricos que deságuam diretamente no Rio Tibagi. Em cada corpo hídrico na
região urbana de Londrina, há um fundo de vale, onde a totalidade ou parte de
sua área pode ser caracterizada como Área de Preservação Permanente
(APP).
Figura 1. Bacias hidrográficas existentes na área urbana do Município de
Londrina (Ribeirões Cafezal, Cambé, Limoeiro, Lindóia e o rio Jacutinga).
Ao Sul, a localização do fundo de vale do córrego Tucanos
Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).
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Figura 2. Fundo de vale do córrego Tucanos - ampliação da Figura 1.
Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).
Figura 3. Localização do fundo de vale do córrego Tucanos.
Fonte: IPPUL – Maio/2012.
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O córrego Tucanos pertence à bacia hidrográfica do ribeirão Cambé, a
qual possui aproximadamente 27,2km de extensão. O ribeirão Cambé, têm sua
primeira nascente no trevo entre Londrina e Cambé (PR 445 x BR 369, UTM:
476117,43 x 7424818,33), e percorre a área urbana de Londrina de Oeste à
Leste, desaguando no Ribeirão Três Bocas (UTM: 494264,90 x 7415451,17), e
este, após percorrer cerca de 9,2km, deságua no rio Tibagi.
Este córrego nasce em área urbana, no fundo de vale do Jardim Burle
Marx, junto à PR-445, em frente ao Instituto Agronômico do Paraná, região Sul
de Londrina (UTM: 483523,31 x 7417333,89; altitude média: 555m),
percorrendo os Jardins Esperança, São Paulo, São Vicente, Vilas Boas,
Jurumenha e Igapó, pela margem direita e os Jardins, Itatiaia I e II, Tucanos e
Mediterrâneo, pela margem esquerda. Percorre desde a nascente até a sua
foz no ribeirão Cambé, Jardim Igapó, cerca de 2300m (UTM: 484520,69 x
7418881,55; altitude média: 524m), a aproximadamente 150m da barragem do
Lago Igapó I.
Figura 4. Ilustração da microbacia hidrográfica do córrego Tucanos, com
bairros, ruas e logradouros.
Fonte: Google Earth, 12/04/2009.
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A sua restauração ambiental é de extrema importância à preservação da
flora e da fauna, à conservação do solo e da água, à integração do corredor
ecológico da bacia do ribeirão Cambé e ao domínio social de suas áreas de
fundos de vale.
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
O fundo de vale do córrego Tucanos apresenta vários segmentos em
elevado estado de degradação, com amplas áreas alagadas, decorrente dos
processos erosivos. Nos primeiros 100 metros a partir da nascente, a
declividade ao longo do córrego é extremamente alta, formando sulcos
profundos, expondo grandes matacões de rochas basálticas tipo bola, além das
raízes das árvores ciliares, levando ao tombamento de muitas.
Observa-se também a contaminação de suas águas por
microoganismos, despejos de esgotos clandestinos e de efluentes químicos de
postos de combustíveis, drenados via galerias pluviais ou diretamente no
córrego. Nas margens do córrego, observa-se o despejo de resíduos da
construção civil e domiciliares e as ocupações irregulares, suprimindo a flora e
a fauna. Tais agressões se intensificaram a partir de 1980, com a expansão
imobiliária do entorno.
Imagens aéreas deste fundo de vale, datadas de 1980, demonstram que
o córrego já possuiu um volume de água bem maior, apresentando maior
profundidade e atingindo até 4,0 m de largura em alguns trechos. A mata ciliar
apresentava maior área e biodiversidade, mas já se encontrava fragmentada
em pequenos bosques e vegetação irregular estreita ao longo do córrego.
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FIGURA 5. Foto aérea do fundo de vale do córrego Tucanos, de 1980.
Fonte: Acervo do Instituto Brasileiro do Café – IBC.
A primeira grande agressão ao córrego Tucanos foi evidenciada no início
da década de setenta (1973), com a edificação do Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR), onde foram aterradas as primeiras nascentes, tanto pela
terraplanagem na área interna da Instituição como na implantação da Rodovia
PR-445.
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Posteriormente, a instalação de uma madeireira defronte ao Instituto
aterrou uma importante nascente à direita do Córrego, bem como uma extensa
área do Vale ao lado da Rodovia, para uso na secagem de madeiras. No início
da década de noventa, a madeireira utilizou-se de carcaças de baterias
automotivas para construir diques de contenção no processo de aterramento.
Segundo a constatação “in loco”, foram utilizadas milhares de carcaças, as
quais provavelmente, continham resíduos do elemento chumbo. Há mais de
uma década, a madeireira interrompeu as atividades de aterramento do Vale,
sendo que no ano de 2010, iniciou o plantio de mudas nativas nas áreas de
declive do fundo de vale e na base dos taludes.
Foto 1. Fundo de vale do córrego Tucanos, Jardim Burle Marx. A
comunidade local realizou atividades educacionais para reduzir o
descarte irregular de lixo e entulho.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Paralelamente a estes acontecimentos, o fundo de vale foi ocupado por
moradias irregulares na maior extensão da margem direita do córrego, sendo
que algumas delas foram construídas dentro da Área de Preservação
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Permanente (APP). Na margem esquerda do Córrego, foram edificados muros,
alambrados e piscinas em áreas de clube e Associações.
A edificação das moradias nas áreas ocupadas, bem como a
terraplanagem realizada ao redor destas, favoreceram a erosão hídrica e o
afloramento de vários “olhos d‟água” que alimentam o córrego. Estes
afloramentos foram represados em pequenos tanques para o consumo pelas
famílias em todas as suas necessidades. No entanto, cerca de 10 famílias
utilizavam água tratada oriunda da rede pública.
A ocupação do Vale por moradias irregulares contribuiu negativamente
na conservação do solo e da água e na preservação das espécies vegetais e
animais nativas, mesmo quando as moradias não estavam dentro da área de
preservação. Isto se deve ao fato dos moradores realizarem o plantio de
alimentos para a subsistência no entorno da moradia e fazerem a “supressão
da vegetação arbustiva” da área, temendo os animais peçonhentos.
Nas avaliações de campo, Verificou-se que no fundo de vale adjacente
à rua Turquia, a atividade de reciclagem de lixo, exerceu intenso impacto
sobre a flora remanescente e o banco de sementes (mulching), impedindo a
regeneração natural, além da poluição ambiental resultante do descarte
aleatório e queima de resíduos não-recicláveis.
As moradias que ocupavam o fundo de vale, encontravam-se distribuídas
irregularmente ao longo da margem direita do córrego Tucanos. Na porção
adjacente às ruas Turquia e Bélgica, estavam presentes a maior parte das
moradias. Como resultado de um trabalho desenvolvido pela Companhia de
Habitação de Londrina – COHAB-LD (2011-2012), foram realocadas 30 (trinta)
famílias deste fundo de vale, pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, não
restando neste processo, nenhuma família remanescente.
2.1. TIPOLOGIA VEGETAL
A vegetação arbórea nativa, presente neste fundo de vale,
remanescentes da floresta latifoliada semidecídua e pluvial Atlântica,
caracteriza-se predominantemente por espécies pioneiras, destacando-se:
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fumo bravo (Solanum mauritianum), aroeira-pimenteira (Schinus
terebinthifolius Raddi), açoita-cavalo (Luehea divaricata Mart.) e pau pólvora
ou grandiúva (Trema micrantha).
Há ainda, neste fundo de vale, intensa proliferação de espécies
invasoras, destacando-se: amarelinho (Tecoma stans), santa Bárbara (Mélia
azedarach), mamoeiro (Ricinus communis L.), leucena (Leucaena
leucocephala) e ameixa amarela (Eriobothrya japonica). As áreas de
várzeas apresentam cobertura vegetal pouco diversificada, com o predomínio
de Taboas (Tipha angustifólia).
Nos locais mais ensolarados ou nos fragmentos florestais onde o dossel
é aberto, o solo apresenta-se coberto por gramíneas diversas, tais como
Colonião (Panicum maximum), Capim estrela (Cynodon nlemfuensis) e
grama Seda (Cynodon dactylon L.) mato-grosso ou batatais (Paspalum
notatum). No entanto, a presença de eqüinos neste fundo de vale não foi
evidenciada.
Foto 2. Fundo de vale do Jardim Burle Marx. Vegetação arbórea em
regeneração. Muitas espécies pioneiras, como fumo bravo (Solanum
mauritianum) e alta infestação de amarelinho (Tecoma stans).
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
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Foto 3. Cobertura vegetal nas áreas abertas, com o predomínio de
gramíneas. CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA
Ao longo da calha do córrego Tucanos, verificou-se várias áreas com
alagamentos sazonais, caracterizadas como áreas de várzeas, resultantes da
deposição hídrica de solo, oriundos das interferências antrópicas no entorno e
principalmente, nas áreas do entorno da nascente (PR 445, Jardim Burle
Marx). O fundo de vale deste córrego, apresenta uma rica rede hidrológica,
formada por cerca de 32 nascentes.
Nas áreas de fundo de vale, desde a nascente até a foz deste córrego,
verificou-se a existência de 32 (trinta e duas) nascentes ou “olhos d‟água”,
pontuados pelo “Sistema Universal Transverse Mercator “(UTM) e descritos na
Tabela abaixo.
Tabela 1. Localização das nascentes pontuadas na margem direita do
córrego Tucanos.
Nº Localidade UTM
X (E) Y (S)
1 Madeireira Curupay (Rogger Candotti), próximo à nascente 0483711 7417396
2 Chácara de Ademar Francisco Carneiro & outros (horticultura) 0483765 7417383
3 Chácara de Edmundo e Madalena Carneiro Carlos 0483783 7417370
4
Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484122 7417471
5 0484153 7417462
6 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484171 7417499
7 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484233 7417564
8 Chácara de Joaquim Salles (Jardim esperança) 0484279 7417606
9 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484528 7417969
10 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484061 7417464
11 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484554 7418048
12 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484354 7417827
13 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484306 7417663
14 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484623 7418169
15 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484635 7418192
16 0484619 7418178
17 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484656 7418259
18 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484670 7418326
19 190484666 7418340
20 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484669 7418410
21 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484655 7418299
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22 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484666 7418459
23 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484660 7418476
24 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484649 7418570
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Tabela 2. Localização das nascentes pontuadas na margem esquerda
do córrego Tucanos.
Nº Localidade UTM
X (E) Y (S)
25 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx (Nascente
do Córrego Tucanos) 0483573 7417392
26 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx 0483676 7417416
27
GREPOM - Grêmio Recreativo e Esportivo dos Policiais
Militares
484359 7417966
28 484365 7418013
29 484372 7418020
30 484374 7418033
31 484377 7418038
32
Fundo de vale do Jardim Mediterrâneo (área particular),
próximo à várzea, a 200m do ribeirão Cambé, Foz do córrego
Tucanos
0484449 7418617
Encontradas e pontuadas 32 nascentes e afloramentos nas duas margens do córrego
Tucanos
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
A vegetação nativa do fundo de vale do córrego Tucanos apresenta
vários fragmentos arbóreos resultantes da regeneração natural e das ações
ambientais com a comunidade do entorno. A área adjacente ao Jardim Burle
Marx é um exemplo de que a organização comunitária pode mudar a realidade
ambiental de um fundo de vale. Foram realizados plantios de mudas arbóreas
nativas em sistema de mutirão comunitário no ano de 2006.
O resultado deste trabalho pode ser observado no fechamento do dossel
e no desenvolvimento de espécies secundárias e climáceas. A deposição de
entulhos e lixos domésticos também diminuíram e as gramíneas ocupam hoje
espaços reduzidos. Está mata, por abrigar a nascente do córrego, apresenta
Página15
importante papel na contenção do solo, especialmente nas áreas de declive
acentuado, junto ao corpo hídrico.
Foto 4. Restauração ambiental no fundo de vale do córrego Tucanos,
Jardim Burle Marx, iniciado no ano de 2005.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Este trabalho de plantio de mudas pela comunidade inibiu a
possibilidade de ocupação irregular desta área. Na área do aterro junto à
nascente, também ocorreu o adensamento arbóreo, embora com predomínio
de Leucenas (Leucaena leucocephala).
Página16
Tabela 3. Levantamento das áreas de preservação e da situação da
flora.
ÁREA LOCALIZAÇÃO ÁREA (m²) SITUAÇÃO ATUAL
1
Rua Kozen Igue – Jardim
Itatiaia (soma)
26.800,91
Vegetação em estágio de
regeneração
2 Tucano I 36.400,06 Várzea
3
Rua Samuel Wainer – Jardim
Mediterrâneo
11.392,69 Aterro, árvores isoladas
4
Rua Dr. Carlos da Costa
Branco – Jd. Nikko (soma)
17.048,45 Várzea e aterro
5
Rua José Gonçalves da Silva,
Jardim Esperança
18.737,51
Ausência de vegetação e
aterro
6
Condomínio Vale dos
Tucanos
9.966,94
Vegetação em estágio de
regeneração, campo de
futebol e aterro
7 Jardim São Paulo 9.209,59 Ocupações, chácaras
8
Rua Chipre – Jardim São
Vicente
16.780,28
Ausência de vegetação e
aterro
9
Rua Bélgica – Jardim Vilas.
Projetos bons que poderiam ter sido implantados e a comunidade londrinense estaria com locais bonitos e todos teriam mais saúde. Mas atos impensados fizeram esta área perder rumos de bons projetos. Particular conseguiu legalmente boa parte da área e lá se vê placas indicando Propriedade particular.
Aproximadamente 1505m
lineares de fundo de vale,
delimitados entre as ruas
José Garcia Domingues,
Jardim São Paulo e Almeida
Garret, Jardim Igapó, região
Sul de Londrina.
“Plantar uma árvore é celebrar a vida”...
“...é um gesto de partilha” (anônimo)
A
comunidade local realizou atividades educacionais para reduzir o
descarte irregular de lixo e entulho.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Paralelamente a estes acontecimentos, o fundo de vale foi ocupado por
moradias irregulares na maior extensão da margem direita do córrego, sendo
que algumas delas foram construídas dentro da Área de Preservação
Quando caminhamos pela Rua Bélgica, desde a barragem do Igapó, percebemos o descaso com esta reserva que seria um Parque Ecológico. O mato tomou conta. Nada se fez. O pior de tudo é o lixo que se vê escancarado próximo a calçada, imagina lá nos fundos no córrego. Aí mora o perigo, pode ser criadouro do mosquito da dengue. O maior "pecado do prefeito":
realizou transação de grande área para um particular nesta mata ciliar. Pode?
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