segunda-feira, 29 de junho de 2020

NÃO É UM SIMPLES CAMINHÃO... PARECE UMA SUPER MÁQUINA QUE QUASE VOA NAS ESTRADAS!


Fim dos espelhos

E se quebrar? Andrade garante que a solução é simples. "As concessionárias 
estão preparadas. Há um kit de reparo, com um retrovisor convencional. 
Ou o motorista pode optar por substituir a própria câmera", responde,
 prontamente.
Scania R410 movido a GNV — Foto: Divulgação

Grande parte da frota brasileira de caminhões roda
com motores a diesel. Mas, se depender de algumas
fabricantes, a história pode mudar nos próximos anos.
 Não que as empresas devam abandonar o óleo como
combustível.
Mas começam a aparecer novas propostas, mais
sustentáveis. A Scania, uma das marcas mais importantes
do país, acaba de lançar os primeiros caminhões movidos a
gás do Brasil.
“Temos que explorar combustíveis alternativos até que a
eletricidade seja viável”, disse Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania. 
A solução, por enquanto, é o gás.
São duas opções, exibidas na Fenatran em carrocerias
da linha R, a segunda maior da empresa. Elas usam
um motor de 410 cv, e podem ser abastecidos com gás
 natural veicular, já encontrado em cerca de 1,3 mil
postos no Brasil, e gás natural liquefeito, que ainda 
não é distribuído regularmente.


A Mercedes ainda instalou um dispositivo de segurança.
 Se o motorista está dormindo na cabine, por exemplo, e percebe 
uma movimentação suspeita do lado de fora, basta acionar um
 botão, que as telas são ligadas.O retrovisor por câmeras é um
 opcional do novo Actros. Elas custam R$ 10 mil, ou 2% do preço
 do veículo – estimado em R$ 500 mil.

Marcos Andrade, gerente sênior de produtos da divisão de caminhões 
da Mercedes, acredita que 10% dos clientes devem adquirir a tecnologia.
A principal causa para a Mercedes ter trocado os espelhos por câmera
 é a economia de combustível, estimada em 1,3%. Isso porque o veículo 
se torna mais aerodinâmico sem os espelhos convencionais.

“Pode parecer pouco, mas, para quem usa o veículo para o trabalho, 
qualquer 0,1% importa”, disse Marcos Andrade
gerente sênior de produtA partir de abril do ano que vem, a Scania
 vai vender caminhões que rodam com os novos combustíveis. Na 
comparação com similares a diesel, os preços devem ser entre 35% e
 40% mais altos, enquanto o custo de operação cai de 15% a 17%, 
sempre segundo a fabricante.

Para ser abastecido com gás, a Scania desenvolveu um motor
 novo, que funciona com ciclo Otto, em vez do ciclo diesel. No entanto, 
80% das peças são compartilhadas, o que facilita a manutenção. 
Inicialmente, o motor virá importado da Suécia, sede da empresa.

“Conforme o volume for aumentando, podemos nacionalizar a
 produção”, completou Munhoz.
A Scania será a primeira marca a vender caminhões a gás no
 Brasil. Outra empresa, a fabricante de motores FPT, mostrou na 
Fenatran um motor flex, que pode rodar com gás natural veicular
 ou etanol.
O motor de 3 litros tem 136 cavalos, e, segundo a FPT, é até 30% mais 
econômico do que similares a diesel. A ideia é comercializar este propulsor
até o final do ano que vem.








Scania R410 com tanques de GNV — Foto: André Paixão/G1









Volvo Iron Knight —

Conterrânea da Scania, a também sueca Volvo, aproveitou a
 Fenatran para exibir o caminhão mais rápido do mundo,
 apelidado de Iron Knight, ou cavaleiro de ferro, na tradução livre.

Com motor de 2.400 cavalos e mais de 600 kgfm de torque, 
ele é baseado no modelo topo de linha da empresa, o FH – 
mas é 5 vezes mais potente.

A Volvo diz que seu supercaminhão é dono de dois 
recordes, homologados pela Federação Internacional de
 Automobilismo, a FIA: aceleração de 0 a 500 metros e de
 0 a 1.000 metros. O modelo cumpriu essas provas em 13,67
 e 21,14 segundos, respectivamente.


Volvo Iron Knight —

O caminhão ainda acelera de 0 a 100 km/h, em 4,6 segundos, mesmo tempo de um Mercedes-AMG C43. A velocidade máxima é de 276 km/h.

Tudo isso em um veículo que pesa 4,5 toneladas. A relação peso/potência, de 1,9 kg/cv, é superior à da Ferrari GTC4Lusso, de 2,6 kg/cv.

As mudanças vão além do motor. Toda a aerodinâmica é aprimorada. Também há alívio de peso, com a substituição do aço por fibra de vidro na cabine.
Esta é a primeira vez que o Iron Knight sai da Europa. Ele não será vendido regularmente.



Volkswagen Delivery 11.180 com tração 4x4 — Foto: André Paixão/G1

Outra novidade é da Volkswagen Caminhões e Ônibus, 
que lançou na Fenatran o primeiro caminhão leve do 
país com tração 4x4. O Delivery 11.180 chega às lojas
 no meio do ano que vem, para atender a uma crescente
 demanda por veículos menores, mas com boa capacidade
 fora-de-estrada.


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