Milton Viola Fernandes (1923-2012). Autor e tradutor. Descobriu na adolescência que havia sido registrado erroneamente, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr. De humor singular, humanista e moderno, com visão cética do mundo, Millôr Fernandes foi considerado uma figura de proa do panorama cultural brasileiro: jornalista, escritor, artista plástico, humorista, pensador. Destacou-se em todas essas atividades. No teatro, empreendeu uma transformação no campo da tradução, tal a quantidade e diversidade de peças que traduziu. Escreveu, com Flávio Rangel – Liberdade, Liberdade – uma das peças pioneiras do teatro da resistência à ditadura militar, encenada em 1965. Em seus trabalhos costumava-se valer de expedientes como a ironia e a sátira para criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado constantemente pela censura.
Frases de Millôr Fernandes
- A morte é compulsória, a vida não.
- Amor não é coisa para amador.
- O ruim das amizades eternas são os rompimentos definitivos.
- Todo homem nasce original e morre plágio.
- A boca é o aparelho excretor do cérebro.
- Errando é que se aprende a errar.
- Especialista é o que só não ignora uma coisa.
- As estatísticas provam: as estatísticas não provam nada.
- Clássico é um escritor que não se contentou em chatear apenas os contemporâneos.
- Brasília é o desnecessário tornado irreversível.
- O político é um gaiato que prefere a aversão ao fato.
- Livrai-me da justiça, que dos malfeitores me livro eu.
- Me arrancam tudo à força e depois me chamam de contribuinte.
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