sábado, 26 de dezembro de 2020

FAZENDA DA ESPERANÇA ACOLHE MORADORES DE RUA DANDO-LHES VIDA NOVA E ESPERANÇA!

 

Fazenda da Esperança é a maior das comunidades terapêuticas

Em 1983, o frade franciscano alemão Hans Stapel criou em Guaratinguetá (SP) a Fazenda da Esperança – juntamente com Nelson Giovanelli, jovem que frequentava a paróquia. Segundo ele, os centros combinam espiritualidade, trabalho e convivência.

Frei Hans Stapel, fundador da Fazenda da Esperança, na audiência da subcomissão. Foto: J. Freitas

“Hoje, mais de 20 mil pessoas de 15 a 55 anos já passaram pela Fazenda da Esperança. Temos índice de 80% de recuperação, medidos por pesquisa de três universidades, sendo que uma, da Alemanha, nos acompanhou por mais de cinco anos. Três mil estão conosco hoje, em tratamento. Somos a maior das comunidades terapêuticas do Brasil”, afirma Stapel.

Os jovens que ficam um ano na entidade passam a frequentar o grupo Esperança Viva, dedicado à reinserção social. Quando saem, continuam se encontrando no grupo, junto com os pais. Existem 180 grupos no país.

A Fazenda da Esperança aposta no atendimento psicológico – usando a técnica de abordagem direta do inconsciente e o método psicanalítico da regressão – e na desintoxicação natural, por meio do contato com a natureza, o cultivo de plantas e a criação de animais. “Muitos deles nunca cuidaram de ninguém e sequer de si mesmos, mas na fazenda começam a perceber que aquelas criaturas dependem do seu cuidado para crescerem”, afirma relatório da Fazenda da Esperança.

Com relação à liberdade religiosa, questionada na subcomissão, Stapel argumenta que “se cada um faz o que quer, vira uma bagunça. Cada um que se inscreve sabe que funciona assim e, se quiser participar, é bem-vindo. Você tem que se tornar católico? Não. Mas você tem que participar e viver o amor. A gente ensina isso na meditação, na missa”.

Outro foco do tratamento na Fazenda da Esperança é o trabalho, usado como terapia destinada a afastar os “malefícios da desocupação e da ociosidade”, para elevar a autoestima e a autoconfiança do interno, e como método de reabilitação social, sob a ótica do desenvolvimento de novas habilidades e da descoberta de novas perspectivas profissionais.


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